Pedro Patrão é um jovem empreendedor que decidiu apostar no sector agrícola no concelho de Mogadouro.
Aos 25 anos, é o rosto de uma exploração que inclui um dos maiores olivais super intensivos da região e uma área de produção de cereal. Tem, ainda, uma empresa de prestação de serviços na área agrícola, com técnicas inovadores na área da plantação de olival e vinha, e, este ano, lançou uma marca própria de azeite, que quer comercializar no mercado externo.
O jovem empreendedor foi premido recentemente na Feira de Agricultura de Santarém, onde viu o seu trabalho reconhecido. “Dá-me força para continuar a trabalhar. Entre 76 candidaturas a nível nacional, fomos distinguidos seis jovens agricultores”, confessa.
Pedro Patrão decidiu apostar no sector agrícola aos 21 anos, quando ainda estava na faculdade. “A minha área de formação era Economia e Empreendedorismo e então fui tendo sempre formação na área da gestão de empresas. O meu avô já era agricultor. E eu pensei que como a população mundial aumenta de dia para dia e se há uma coisa que as pessoas têm necessidade é de comer, então o sector agrícola será o que sustenta o mundo. Então vi que o sector primário seria aquele que teria mais oportunidades de negócio”, garante o jovem empresário.
Na óptica de Pedro Patrão, o grande problema da agricultura transmontana é estrutural, mas lembra que a qualidade dos produtos é uma mais valia. “O nosso problema será conseguir comercializá-los no exterior. Conseguindo comercializá-los e diferenciá-los no exterior, a nossa agricultura é extremamente sustentável e lucrativa”, realça o empreendedor.
Ainda assim, o jovem reconhece que entrar no mercado externo não é tarefa fácil para agricultores com mais idade. “Não acho que seja uma coisa tão difícil quanto isso, mas isso é para mim, agora para um agricultor já com alguma idade talvez haja poucos apoios”, admite.
in:jornalnordeste.com
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Um grande exemplo de como temos que puxar pelos neurónios para contornar a crise.
ResponderEliminarEste jovem, além do prémio, merece uma referência especial por se dedicar a uma actividade que ela própria está em crise, não só pelas contingências do momento, bem como pela estigmatização, negativa, que esta actividade tem na maioria das pessoas.
O trabalho dignifica e a aposta deste jovem é um exemplo de que temos que romper com preconceitos.