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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A vitória da Alheira de Mirandela

A Alheira de Mirandela só pode ser produzida a partir de agora no concelho de origem, uma ambição antiga dos produtores locais que se concretiza com a atribuição de Indicação Geográfica Protegida (IGP) ao enchido tradicional.
O novo estatuto foi autorizado pela Comissão Europeia e confirmado pelo Governo português no despacho do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Gomes da Silva, publicado a 3 de Julho em Diário da República.
A partir de agora o nome Alheira de Mirandela é de uso exclusivo dos produtores do concelho, como Pedro Caldeira, que vê nesta certificação “uma mais-valia para a economia local” e o resultado de “uma luta pela defesa da região, do produto e do bom nome dos produtores”.
Desde 1996 que este enchido tem protecção de Especialidade Tradicional Garantida (ETG), mas o nome da “Alheira de Mirandela podia ser usado e o produto fabricado em qualquer parte”, como recordou aquele produtor.
A IGP limita a produção ao concelho e “vai acabar com as falsificações, em que muitas vezes o produto era apresentado ao consumidor dizendo que era de Mirandela, na realidade não sendo”, afiançou.
Pedro Caldeira é gerente de uma das maiores empresas da Alheira de Mirandela, a Topitéu, criada em 1982 pelo agrupamento de três pequenos produtores.
Este produtor faz chegar a Alheira de Mirandela a 11 países, com as exportações a representarem 20% da facturação anual de “três milhões de euros”, em que se incluem também outros enchidos e 40 postos de trabalho.
Há mais de sete anos que a Associação Comercial e Industrial de Mirandela tinha requerido a IGP agora alcançada.
A Lusa tentou contactar, sem sucesso, o presidente daquele organismo, Jorge Morais.
Já para o presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, esta certificação “é fundamental para o futuro da alheira”, um dos produtos regionais com maior peso económico no concelho, que movimenta 28 milhões de euros anualmente e emprega 550 pessoas.
Segundo o autarca, actualmente existem, em Mirandela, sete produtores certificados para a confecção da alheira, mas o novo estatuto, acredita, “pode ser o impulso para a união e para outros aderirem”.
António Branco assegurou que a IGP “é uma forma de garantir que a Alheira de Mirandela é apenas produzida no concelho e uma forma de proteger a qualidade” do enchido.

Lusa

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