A concentração de alunos na vila é vista com bons olhos pelo director do Agrupamento de Escolas de Vimioso. Serafim João diz que o encerramento das escolas do 1.º Ciclo nas aldeias é o reflexo da desertificação da região e defende que as crianças têm melhores condições de aprendizagem numa escola maior.
“Aqui no agrupamento têm acesso a uma série de serviços, a uma série de condições, que espalhados pelas aldeias não teriam, não teriam a hipótese de ter uma refeição condigna, um lanche condigno, um pequeno-almoço condigno, ter uma biblioteca condigna, e ter outras actividades que no conjunto eles sentem-se mais sociáveis, há um maior envolvimento de todos e o ensino e aprendizagem é mais positivo.
As aldeias ficam sem crianças, mas é muito complicado ter numa aldeia duas ou três crianças que não podem conviver com 30,40 ou 50”, explica o director. O Agrupamento de Escolas de Vimioso tem perdido cerca de 10 alunos por ano, tendo actualmente um total de 265 estudantes.
O director do agrupamento diz que vive diariamente alguns constrangimentos por falta de funcionários, mas reconhece que tem o número de assistentes operacionais de acordo com a lei. “Temos tido alguns constrangimentos na parte da secretaria, porque temos tido um ou outro funcionário que não está ao serviço e aí nota-se um ou outro constrangimento”, admite Serafim João.
Há cinco anos à frente deste agrupamento, Serafim João diz que a mudança mais significativa foram as obras na escola sede, que custaram apenas 800 mil euros. “Com 800 mil euros renovou-se uma escola completamente e se calhar noutras escolas do distrito gastaram-se milhões de euros se calhar desnecessários, mas foram opções na época”, afirma o director do Agrupamento de Escolas de Vimioso.
Estes são alguns dos temas abordados pelo director do Agrupamento de Escolas de Vimioso no Cinco Perguntas desta semana.
A entrevista a Serafim João para ouvir hoje na Brigantia depois das notícias das 17 horas.
Escrito por Brigantia
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