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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Planalto Mirandês - Cuidados paliativos domiciliários beneficiaram 300 doentes

Perto de 300 doentes em fase terminal beneficiaram nos últimos quatro anos de cuidados paliativos ao domicílio no âmbito de um projeto pioneiro no distrito de Bragança em curso no Planalto Mirandês cuja continuidade foi hoje assegurada.
A Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos "Planalto Mirandês" vai ter um novo modelo de financiamento com as câmaras municipais dos três concelhos abrangidos (Miranda da Douro, Vimioso e Mogadouro) a assegurarem o financiamento de 30 mil euros anuais.

O protocolo de parceria foi hoje celebrado, em Bragança, na sede na Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste que disponibiliza profissionais, enquanto as Santas Casas da Misericórdia locais prestam apoio logístico e os municípios o financiamento necessário.

Jacinta Fernandes, médica responsável pela unidade realça "a importância extraordinária" deste projeto que visa "dar melhor qualidade de vida aos doentes em fase terminal e às famílias.

Se não tivessem os cuidados domiciliários, o que acontecia é que" estes doentes frequentariam "n" vezes os serviços de urgência que estão preparados para doentes agudos e não doentes crónicos, que não têm viabilidade de reabilitação ou recuperação", apontou.

"Os hospitais são para curar e aquilo que nós fazemos é cuidar", enfatizou.

Por outro lado, os doentes em causa estão muito fragilizados e "sofrem imenso com as deslocações", numa região com custos agravados pelas distâncias e falta de transportes.

A unidade funciona 24 horas por dia todos os dias e dá "uma resposta permanente" com visitas programadas ou com deslocações e prontidão para tirar dúvidas a qualquer hora.

"Os doentes são seguidos de acordo com as necessidades que eles têm de cuidados", afirmou, realçando que desta forma conseguem também "diminuir o stresse da família".

A equipa é composta por 16 profissionais ajudados por pessoal de enfermagem disponibilizado pela ULS do Nordeste, que garante também material clínico e terapêutico.

O presidente do Conselho de Administração da ULS do Nordeste, António Marçôa, afirmou que estes cuidados domiciliários retiram "pressão nas camas de internamento" hospitalar, num distrito com mais de 30 por cento da população idosa e com uma taxa de reinternamento elevada.

"Quanto mais conseguirmos prestar através das nossas unidades de cuidados na comunidade, junto das populações, menos pressão temos no internamento", realçou.

Para o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, João Henriques, este "é um projeto essencial, feito de forma totalmente gratuita para os que beneficiam deste serviço".

Destacou ainda o facto de este apoio "ter permitido que grandes partes das pessoas puderam ser assistidas em suas casas, ao pé da família e não dentro de um hospital".

O presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, apontou ainda que este projeto permitiu criar alguns postos de trabalho com a equipa técnica que o suporta.

A ULS do Nordeste já anunciou que os cuidados paliativos domiciliários vão ser alargados, no início do próximo ano a Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais, com a criação de um anova unidade que tem financiamento de 250 mil euros assegurado para três anos da Fundação Calouste Gulbenkian.

Lusa

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