Marcelino Marques da Silva afirma que, se esta tendência não for revertida, pode-se chegar a uma situação catastrófica quando estes médicos se reformarem. “No interior, há algumas faltas mas o problema é a idade dos médicos de clínica geral do nordeste, cuja média é de 55 anos e, se não forem tomadas medidas a breve prazo, dentro de 5 a 7 anos vai haver uma catástrofe.
De um momento para o outro, vão-se reformar praticamente todos os médicos de família da primeira geração”, considera o responsável.
O médico, que integra também o Conselho de Administração da ULS Nordeste, não tem dúvidas que para fixar os jovens médicos à região é necessário aumentar os salários destes profissionais de saúde. “Muitos dos nossos internos querem ficar e são solicitados, de imediato para irem para o litoral. Se houver discriminação positiva, se houver possibilidades e medidas que tornem a carreira atractiva no interior, as pessoas também virão. Dou o exemplo de países que têm falta de médicos como Angola, Arábia Saudita, Alemanha… e pagam mais para ter esses profissionais.
O interior tem que pagar mais aos profissionais para estarem aqui, porque as condições são adversas”, frisa o médico. Nesta altura estão 25 internos de medicina geral e familiar nas unidades hospitalares da Unidade Local de Saúde do Nordeste, que em breve estarão aptos para exercer a profissão. Marcelino Marques da Silva considera que, caso ficassem na região, estes jovens “seriam uma grande ajuda para colmatar a falta de médicos desta especialidade”.
Rádio Brigantia
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