De acordo com a Directora do Centro Local do Nordeste Transmontano da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), durante as inspecções realizadas foi registado um crescimento deste fenómeno na região, seguindo a tendência nacional. “Há muito trabalho não declarado, tem aumentado. Nestas alturas recorre-se à economia paralela e temos cada vez mais situações dessas”, salienta Lília Condado.
Em todo o país só em 2013 houve um aumento de 63,5 por cento de trabalhadores nesta situação, em relação ao ano anterior. A responsável atribui à crise. “Em situações de crise há muito mais tendência para recorrer ao trabalho não declarado. Há muitos trabalhadores despedidos; paralelamente com o subsídio de desemprego vão desenvolvendo trabalhos esporádicos não declarados para não perderem o direito ao subsídio, as empresas não estão a contratar”, aponta a dirigente.
A ACT está a desenvolver uma campanha nacional contra o trabalho não declarado, que vai passar por Bragança, no próximo dia 29, tendo como parceiros a Associação Comercial e Industrial e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Lília Condado explica que com esta acção de sensibilização se pretende estimular a legalização dos trabalhadores em situação irregular e alertar para os riscos do trabalho não declarado.
Em 2013, no distrito de Bragança, foram detectados 86 casos de trabalhadores em situação de trabalho não declarado em 37 visitas feitas pelos inspectores do ACT.
A nível nacional, no ano passado, foram detectados 1939 casos de trabalhadores nesta situação.
Escrito por Brigantia
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