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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 14 de março de 2015

Bragança - Falta de inspetores lança debate sobre matadouros

A racionalização dos abates por falta de inspetores sanitários está a lançar um debate sobre a necessidade dos matadouros existentes no distrito de Bragança e de uma estratégia comum para rentabilizar estes equipamentos.
A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) propôs aos matadouros de Bragança e Vinhais a articulação ou o abate em dias alternados por não ter inspetores sanitários suficientes, uma situação comum a todo o país, onde existem apenas 310 profissionais e seriam necessárias "mais algumas dezenas", segundo o diretor geral Álvaro Mendonça.

O administrador do matadouro do Cachão, em Mirandela, António Morgado, afirmou à Lusa que esta situação deve ser aproveitada para repensar a oferta nesta região.

"Deviam concentrar os abates para não fechar tudo. Estão todos a dar prejuízo", declarou à Lusa, defendendo a concentração dos abates no Cachão, que é o maior matadouro, projetado há décadas para servir todo o Trás-os-Montes, e os restantes matadouros serem aproveitados para salas de desmancha ou para a criação de salas de frio.

Segundo disse, a conservação em frio é uma das lacunas desta região, não só no setor da carne, mas para outros produtos como a maçã da Frucar, em Carrazeda de Ansiães, que está a recorrer à Guarda ou a castanha da Sortegel, em Bragança, que congela parte do produto para exportações em Espanha.

Durante décadas o Cachão era o único matadouro da região. Nos últimos anos foram construídos mais três em Bragança, Vinhais e Miranda do Douro.

"Não deviam ter deixado construir", advoga o administrador do matadouro com um passivo de dois milhões de euros que vem do passado "por má gestão e excesso de trabalhadores".

Só para mão-de-obra eram necessários 330 mil euros por ano, um custo que já foi reduzido com a dispensa de 23 dos 43 trabalhadores.

A administração conseguiu reduzir o passivo em um milhão de euros, mas está a braços com vários processos judiciais da autoria de credores.

O matadouro do cachão pertence à Agroindustrial do Nordeste, que tomou conta do falido Complexo Agro Industrial do Cachão, numa sociedade composta pelas câmaras de Mirandela e Vila Flor.

Apesar das dificuldades, o administrador garantiu que estão "a crescer". Abatem uma média de 25 toneladas por semana, mas têm capacidade para dar resposta a toda a região, afiançou o administrador.

A Câmara de Vinhais é coproprietária do matadouro local, com 18% numa sociedade liderada por organizações do concelho.

O autarca socialista, Américo Pereira, admitiu à Lusa que "no passado se cometeram muitos erros por não haver uma estratégia de forma a concertar a instalação e equipamentos".

"É óbvio que não são precisos os equipamentos que existem", afirmou, apontando o caso de Vinhais, onde o número de abates reduziu para metade e tem havido "grandes dificuldades em pagar salários.

O matadouro de Vinhais tem nove funcionários e três prestes a serem dispensados.

O autarca está disponível para concertar posições, "o problema", acrescentou, "é que a maior parte dos matadouros são municipais e há a ideia que não interesse ter prejuízo".

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, considera inviável os produtores terem de ir abater ao Cachão e aponta que o matadouro de Bragança, uma empresa municipal, "não tem nenhum problema de recursos humanos (com oito trabalhadores) ou financeiro e está a aumentar o número de abates".

"Alguma menos boa prestação que tivesse existido num passado recente está neste momento a ser superada pelo maior número de abates que estamos a conseguir", argumentou o autarca social-democrata.

Agência Lusa

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