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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Associação traz empresários chineses a visitar Trás-os-Montes

Alberto Carvalho Neto é presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC). Criada há três anos e com sede em Mirandela, tem cerca de 550 membros, 20 deles transmontanos. O jovem empresário do sector do azeite entende que os pequenos produtores devem promover os artigos em conjunto e apostar em nichos

Jornal Nordeste (JN) – A AJEPC foi criada em 2012. Qual o balanço da atividade desenvolvida até agora?
Alberto Carvalho Neto (ACN) – A associação foi criada por um grupo de jovens que tinha a mesma missão e que chegou à conclusão de que para trabalhar num mercado tão vasto e competitivo como a China tínhamos de criar uma estrutura que nos identificasse, ajudasse a promover e a baixar custos para conseguirmos estar lá de uma forma muito mais forte e coerente em termos de crescimento. Desta forma, conseguimos ultrapassar determinadas dificuldades e chegar a esferas a que sozinhos nunca conseguiríamos.
Quando criamos a associação começamos a ter uma identidade, que seria um braço da promoção de Portugal na China. A associação foi crescendo e permitindo mobilização de mais gente, de mais recursos, e os resultados foram aparecendo e traduzem-se em negócios, se bem que alguns são difíceis de quantificar. A grande força da associação, não diria que têm sido os negócios, mas sim a promoção e o potencial que andamos a fazer até agora. 

JN – Quais os objectivos da associação e como é feito o apoio às empresas?
ACN – Associação tem base na China e em Portugal, tem como missão ajudar os empresários tanto portugueses, como chineses a interagirem. Os associados podem ter identificação de quem está do outro lado, por vezes acontecem “negócios da china” e temos de fazer um filtro, perceber se as pessoas são sérias e representam a empresa. Permite também estar lá fora a custos muito mais baixos, porque estamos integrados, conseguimos fazer eventos em conjunto e dar apoio na parte logística e na parte da informação.
Há potencial, mas ainda temos de trabalhar muito mais para dar o salto que gostaríamos. 

JN – Por que motivo escolheram Mirandela para estabelecerem a sede da AJEPC? Estar no Interior traz dificuldades à associação?
ACN – A direcção e o grupo fundador somos alguns transmontanos. Na altura estava-se na dúvida se seria em Lisboa ou Porto e eu sugeri porque não Trás-os-Montes? E acabámos por ir para Mirandela.
Não temos encontrado problemas por estar sediados em Mirandela, tem corrido bem, mostra bem a nossa capacidade de integração no Interior. Temos tido a capacidade de trabalho em conjunto com outras associações, trabalhando em cooperação e mostrando o melhor que Portugal tem lá fora.
Em termos de benefícios para os empresários da região não tem tido um envolvimento directo. Mas o facto de a associação ter sede em Mirandela tem-nos permitido trazer alguns empresários do sector do turismo a virem visitar Trás-os-Montes. Já foram para Bragança, Macedo, Chaves.

JN – Os empresários transmontanos têm sabido aproveitar o apoio da associação? 
ACN – Tenho ideia que sim, a questão é que a associação é multissectorial, enquanto nós transmontanos estamos muito ligados ao sector agro-alimentar, e para vender um contentor de alguma coisa temos um esforço muito grande. Há outros sectores dentro da associação, que estão ligados a sectores de investimentos, de logística, energias renováveis, e cada projecto deles é muito superior aos nossos contentores, que vamos mandando. De qualquer forma, temos trabalhado em conjunto e temos feito algumas exportações importantes.

JN – Quais as áreas de negócio que têm mais potencialidades para os empresários da região?
ACN – Tudo o que seja produtos regionais que tenham capacidade de adicionar valor, ou seja, de criar uma boa imagem e manter a qualidade do produto. Todos temos capacidade de estar num “corner” de uma loja de produtos de alta qualidade lá fora, a questão é que temos de trabalhar em conjunto, porque sozinhos não vamos a lado nenhum.
Temos de trabalhar em nichos, promovê-los muito bem e manter a continuidade. Com o aumento das encomendas podemos investir em infra-estruturas, redução de custos, aumento de produção e com o tempo irmos dar continuidade.
Acredito que a China e Macau podem ser uma porta para ultrapassar dificuldades internas, como qualquer mercado externo. 

Destaque: 
“É importante associarmos-nos, para termos um portefólio grande para os chineses perceberem o que Portugal produz.”

in:jornalnordeste.com

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