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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 24 de março de 2015

A morte ganhou o mestre. Morreu Herberto Hélder

O maior poeta português vivo deixou a vida na manhã de ontem, mas a sua obra permanecerá. O seu último livro, "A Morte Sem Mestre", foi publicado no ano passado. Distinguido em 1994 com o Prémio Pessoa, recusou a distinção. "Não digam a ninguém e deem o prémio a outro", pediu ao júri.
O escritor e poeta português Herberto Helder, o mais importante entre os vivos, morreu esta segunda-feira aos 84 anos, na sua casa, em Cascais. Era considerado o maior poeta português da segunda metade do século XX. 

Nascido no Funchal em 1930 e de ascendência judaica, não gostava de conceder entrevistas, recusava-se a ser fotografado e não atribuía especial significado aos galardões. Em 1994, o poeta Herberto Helder foi distinguido pela sua obra, que "ilumina a língua portuguesa". No entanto, querendo manter-se um "poeta oculto", recusou receber o Prémio Pessoa, pedindo ao júri: "não digam a ninguém e deem o prémio a outro".

Chegou a matricular-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra mas, em 1949, mudou para a Faculdade de Letras onde frequentou, durante três anos, o curso de Filologia Romântica, que também não chegou a acabar. 

Homem de vários ofícios, foi angariador de publicidade em Portugal e teve trabalhos marginais no estrangeiro, dedicou-se depois à profissão de bibliotecário, antes de abraçar o jornalismo. 

O seu primeiro livro, "O Amor em Visita", foi publicado em 1958, frequentava ele o círculo modernista do Café Gelo, no Rossio, onde privava com personalidades como Luiz Pacheco, Mário Cesariny, João Vieira ou Hélder Macedo. A sua última obra, "A Morte Sem Mestre" (Porto Editora), foi publicada em 2014, um ano depois de "Servidões".  Entre as peculiaridades do poeta está o facto de os seus livros terem apenas uma edição.

Expresso online

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