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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 30 de março de 2015

O olharapo

Nas lendas transmontanas, há uma figura sinistra frequentemente referenciada: o olharapo. Como aparece em vários livros meus, amiúde me questionam, especialmente as crianças, sobre tal criatura.
Trata-se de um gigante antropófago, violento e feroz, que tem a particularidade de possuir um único olho no centro da testa. As lendas situam os olharapos nas montanhas de Trás-os-Montes e da Galiza, onde noutros tempos inquietavam pastores e outros seres indefesos. O que lhe sobra em força e em tamanho, falta-lhe em produtividade e, sobretudo, em inteligência. 
A tradição popular reconhece também a existência da olharapa. Por vezes, o olharapo é ainda designado por “olhapim”. Daí que, no concelho de Vinhais tenhamos ouvido este provérbio: “Na terra dos olhapins, quem tem dois olhos é rei”. Esta figura do maravilhoso transmontano apresenta algumas semelhanças com a figura dos “ciclopes”, que eram seres da mitologia grega, filhos do Céu e da Terra e a quem, devido à sua força sobre-humana, era atribuída a construção de imponentes muralhas, que, por isso, se chamavam “ciclópicas”. 
Segundo a mitologia grega, Júpiter empregava os “ciclopes” na fabricação do raio, razão por que estes terão sido mortos por Apolo que, dessa forma, vingou a morte do seu filho Esculápio que fora fulminado por Júpiter.

(Bibliografia: PARAFITA, A. – A Mitologia dos Mouros, Gailivro, 2006)

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