A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) quer incentivar a cultura do espargo em Trás-os-Montes, com a garantia de mercado assegurado e de rentabilidade elevada, revelou o diretor, Manuel Cardoso.
A região transmontana, antiga produtora de espargo verde (há cerca de 50 anos) no também antigo Complexo Agroindustrial do Cachão, que embalava e vendia este produto, como recordou o diretor regional.
O que a direção regional pretende agora é, não só recuperar essa cultura, mas também «corresponder a uma solicitação do mercado inglês, que garante o escoamento da produção a quem apostar», assegurou Manuel Cardoso. Segundo disse, «a Inglaterra é altamente deficitária em espargos. Importa espargos do Chile, Polónia e de outros países».
Trás-os-Montes, segundo ainda o diretor regional, «tem aqui uma janela de oportunidade porque a época em que consegue produzir espargos é uma época em que o mercado não tem espargos, a não ser desses destinos mais longínquos». «E, por isso, é muito importante aproveitarmos. Acho que pode ser uma cultura muito promissora para a nossa região», afirmou.
Em Portugal já se cultivam espargos na zona de Entre o Douro e Minho e do Oeste. Trás-os-Montes pode seguir o mesmo caminho aproveitando os terrenos disponíveis e o regadio instalado em toda a região, segunda ainda aquele responsável.
O diretor regional garantiu que o espargo «é uma cultura que uma vez instalada dura uma década a década e meia e pode assegurar, numa relativamente pequena área, um elevadíssimo rendimento». O rendimento dos espargos, concretizou, é na ordem dos 25/30 mil euros por hectare, mais rentável do que qualquer outra cultura. «Num hectare de espargos, podemos pôr o rendimento de uma família, enquanto com um hectare de olival nada que se pareça», exemplificou.
Para esclarecer e cativar potenciais interessados, a direção regional promove, no dia 11, na Escola Agrícola de Carvalhais, em Mirandela, no distrito de Bragança, uma sessão sobre esta cultura com a presença de Jamie Petchell, da Hargreaves Plants, especialista nesta área.
«É uma aposta séria e ainda por cima nós estamos a fazer as coisas com o destino final à vista. Ou seja, a pessoa, quando plantar, já pode ter o mercado assegurado. Basta que faça os contratos com as empresas importadoras, sobretudo para o mercado inglês», reiterou. O diretor regional indicou ainda que existe financiamento para projetos desta natureza, nomeadamente através do Plano de Desenvolvimento Regional (PDR 2020).
Agência Lusa
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)

Sem comentários:
Enviar um comentário