terça-feira, 9 de junho de 2015

IrrigOlive ajuda a produzir mais e melhor azeite

Investigadores portugueses encontraram uma forma de melhorar a qualidade do azeite e de aumentar a sua produção, que permite, ao mesmo tempo, optimizar os recursos hídricos.
O projecto chama-se IrrigOlive e resulta de uma parceria entre a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Escola Superior Agrária de Bragança, a Universidade de Évora e o Instituto de Ciências Tecnológicas Agrárias, e a empresa VIAZ. 
O IrrigOlive avaliou os efeitos de diferentes estratégias de rega. “O olival precisa de água mas é necessário racionar o uso desta para obter qualidade. Incentivamos a uma gestão sustentável, ao uso eficiente da água. Ainda há a ideia de que se o olival for mais regado a produção é maior, isso é mito”, explica Anabela Fernandes Silva, investigadora do Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-ambientais e Biológicas da UTAD. 
A conclusão foi alcançada depois de os investigadores terem avaliado os "efeitos de diferentes estratégias de rega deficitária em comparação com a rega máxima nas relações hídricas da planta", bem como "os efeitos da estratégia de rega na eficiência da colheita mecânica da azeitona e na erosão hídrica do solo", explicou Anabela Fernandes Silva. 
O IrrigOlive foi aplicado a um olival de produção biológica na Quinta do Carrascal, no vale da Vilariça, entre 2013 e 2014. 
João Oliveira, sócio-gerente da quinta, garante a eficiência do projecto. “Uma coisa é regar outra é saber regar. Posso dizer que agora já sei regar. É impensável termos um perímetro de rega, ter água e não saber regar”, conclui João Oliveira 
Os resultados do projecto Rega Deficitária na Oliveira na Região da Terra Quente Transmontana foram apresentados em Vila Flor. 

Escrito por Brigantia

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