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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Faltam trutas nos rios do nordeste transmontano

Há falta de trutas nos rios do nordeste transmontano. O repovoamento de trutas mudou de paradigma.
Nos anos 90, com o viveiro das trutas de Castrelos e do Prado Novo, em França, em pleno funcionamento, ambos no concelho de Bragança, milhares de trutas eram lançadas regularmente aos rios e pescadas pelas associações de pescadores. Uma realidade que deixa saudades aos pescadores e que os investigadores e biólogos da área consideram que não faz sentido nos dias de hoje.
Orlando Freixo tem 59 anos e é pescador desde criança. Faz parte da Associação Recreativa e Ambientalista de Caça e Pesca de Alfaião. 
No passado dia 28, esta associação realizou a última actividade de pesca, no Rio Penacal, em Alfaião. O pescador afirma que foi o que pescou mais peixes mas, mesmo assim, pescou apenas seis trutas. Um número que não agrada a Orlando Freixo que se recorda da abundância de peixes nos rios do distrito. “Conheço bem estes termos, desde pequeno que vinha à pesca com o meu pai, tanto para Alfaião como para a zona de França e Montesinho e têm-se vindo a degradar as condições dos rios. Isto está a piorar, dia após dia. O povo devia acompanhar o repovoamento”, frisa. 
Os viveiros de Castrelos e do Prado Novo, ambos no concelho de Bragança, chegaram a produzir milhares de trutas para repovoar os rios do distrito. O viveiro do Prado Novo está abandonado há cerca de 14 anos. Maria Gonçalves, agora com 72 anos, cresceu no viveiro com os pais que trabalhavam lá e manteve-se como funcionária até que se reformou meses antes da infra-estrutura fechar definitivamente. 
A habitante de França não tem dúvidas de que o viveiro era uma mais valia para a aldeia. “Às vezes vou lá com a minha irmã, porque fomos lá criadas e choramos sempre. Gostava que os meus netos vissem como é que aquilo estava a funcionar quando eu lá estava”, conta Maria Gonçalves. 
Já o Viveiro do Baceiro, em Castrelos foi transformado num Posto Aquícola que pretende ser um mini fluviário, servindo de montra de espécies ameaçadas. O Instituto Politécnico de Bragança, em parceria com ICNF, começou a desenvolver o projecto “SOS-Save Our Species- Peixes e Bivalves Ameaçados do Nordeste”, no valor de 120 mil euros, financiado pelo por fundos comunitários. Amílcar Teixeira, um dos investigadores envolvidos no projecto, espera que o Município de Bragança e o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas possam desenvolver uma parceria e potenciar o espaço que já recebeu alguns grupos de crianças. “Podemos evoluir para uma gestão mais sustentável, permitindo por exemplo a vinda de pescadores da Escócia ou Inglaterra que podem usufruir dos nossos rios e do nossa gastronomia, apostando noutro tipo de turismo, permitindo que a região aproveite estas mais valias”, considera o investigador. 
Gifs animados de peixesO repovoamento dos rios do nordeste transmontano e o estado actual dos viveiros é o tema de uma reportagem que pode ler na edição desta semana do Jornal Nordeste. 

Escrito por Brigantia

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