Levar arte de vanguarda ao meio rural é o principal objectivo do Festival transfronteiriço de poesia, património e arte.
O PAN – Poesia e Arte na Natureza, que acontece na aldeia de Morille, em Salamanca, Espanha há 13 anos, tem lugar pela primeira vez em Portugal.
E Carviçais, no concelho de Torre de Moncorvo, foi o local escolhido para esta estreia. Carlos Abreu, da organização do evento, esclarece que a iniciativa pretende criar uma oferta cultural alternativa nesta região. “As zonas urbanas estão cheias de ofertas culturais e o meio rural não, e merece mais do que o urbano receber este tipo de actividades porque a oferta é muito escassa”, refere o escritor, natural de Maçores, no concelho de Torre de Moncorvo.
O programa será diversificado, com ofertas que vão desde apresentações de livros, a teatro ou música, “exposições, arte de vanguarda, com fotografia com escultura, pintura e livros. A secção de património vai ser dedicada aos caminhos-de-ferro raianos, e vai ser lançado no domingo um livro sobre a linha de Vale do Sabor”.
O tema do festival este ano é: Difícil. O termo que se reporta à dificuldade que é transversal a várias situações do quotidiano e também da própria organização do evento, como esclarece o presidente da junta de freguesia de Carviçais, Francisco Braz. “Este PAN 2015 rende homenagem a quem tem uma vida difícil, quem tem sempre o vento contra si. A própria realização deste evento é difícil”, frisa o autarca. Difícil mas não impossível.
O festival transfronteiriço de cultura começa hoje e decorre até domingo em Carviçais, contando com a presença de artistas dos dois lados da fronteira.
Escrito por Brigantia
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