Mais de um mês depois do início da fase Charlie de combate a incêndios, ainda não há previsão de reposicionamento de um dos helicópteros pesados KAMOV em Macedo de Cavaleiros.
Relembro que em 2014, pela primeira vez, Macedo de Cavaleiros recebeu este meio aéreo pesado de combate a incêndios, vindo de Loulé, no Algarve. No total, foi acionado 47 vezes no período entre julho e setembro, principalmente para os distritos de Bragança, Viseu e Guarda.
Apesar de ter estado prometido o regresso para 1 de julho, aquando do arranque da fase Charlie, fonte da Autoridade Nacional de Proteção Civil, interrogada pela Rádio Onda Livre quanto à data previsível para o reposicionamento, diz que “estando este ano mais reduzida a frota KAMOV, esta situação é compensada pela rearticulação do dispositivo terrestre e ajustamento permanente da sua prontidão, e pela colocação, com caráter temporário e não permanente”. Ou seja, esta quebra tem sido compensada não só em terra, como no ar, com outros meios aéreos de combate a incêndios a serem atividados quando necessário, como foi o caso de Carrazeda de Ansiães, onde a 25 de julho “estiveram empenhados 6 meios aéreos pesados (2 Canadair e 4 Fire Boss)”.
Deste modo, lê-se ainda no mesmo comunicado, “a instalação de um KAMOV em Macedo de Cavaleiros, que terá um caráter mais permanente quando todos estiverem operacionais no dispositivo” e vai ser feita consoante a equação entre os meios disponíveis e o risco existente. Mas, “reitera-se, com um caráter temporário e não permanente.”
Neste momento, apenas foi reposicionada uma das cinco aeronaves. Em maio, quando a concessão da manutenção dos aviões do Estado passaram para a alçada da Everjets, a Autoridade Nacional de Proteção Civil disse que este processo obrigava a uma paragem para que a nova empresa fizesse uma avaliação dos meios.
Já no final do mês passado a Autoridade Nacional de Proteção Civil disse que não havia garantias que os KAMOV estivessem disponíveis nesta campanha de fogos, e que todos necessitavam, ou tinham necessitado, de reparações.
Entretanto, ontem estalou uma nova polémica em torno das aeronaves, com a Heliportugal, que vendeu os KAMOV ao Estado e que assegurava a manutenção até há dois meses atrás, a acusar a atual responsável pela manutenção de falsificar habilitações.
Escrito por ONDA LIVRE
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