Mês de Dezembro, mês de encantar, de gastar dinheiro de comprar o que não se precisa, ou até talvez se precise, mês de eventos e alegrias, da família reunida, de recordações…
Mas à margem de tudo isto, continuamos com um grave problema, verde, ecologista, de saúde pública…
O Municipio de Bragança, a UF Sé, Santa Maria e Meixedo, a Protecção Civil, os Bombeiros, os meios de comunicação escrita, falada e visionada e publicada na Internet, bem como todos os habitantes e responsáveis por esta cidade, continuam depois de décadas a tapar os olhos e o nariz ao problema mais grave desta cidade, que é a ETAR!
No entanto, dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano, o problema mantém-se, cada vez pior, sem que ninguém diga uma simples palavra sobre o que se propõem fazer acerca do assunto.
No entanto e segundo o Município, como todos os anos, vem dizer que quer e cito “No pilar “desenvolvimento económico e competitividade” será privilegiada uma economia mais inteligente, que estimule o empreendedorismo, a inovação, a produtividade e a interconetividade local e regional, promovendo os recursos naturais, a proteção ambiental, a gestão de recursos sustentáveis e o planeamento urbano “verde”.
Anos e anos de maus cheiros, nauseabundos, impossível sair de casa em certos dias, ter tudo fechado e rezar a todos os santinhos para que o cheiro não entre por nenhuma fresta de alguma janela, ou por baixo das portas, missão impossível e que a população de S. Sebastião, Castelo, Além do Rio, Zona da Estacada, Av. Do Sabor, Sapato, Praça da Sé, Batoques, Jardim, Loreto, Av. Sá Carneiro e pasme-se Zona da Coxa. Estes locais, tive a confirmação por parte dos seus moradores que o cheiro em certos dias atinge estas zonas…
Não, não é um problema de meia dúzia de casas, é um problema grave, ambiental, que atinge grande parte da população de Bragança, em especial as zonas circundantes da ETAR, que se veem obrigados a suportar isto diariamente, com maior incidência noturna.
Basta, medidas rápidas e urgentes são necessárias, os estudos que supostamente estão ou estavam a ser feitos, exige-se que passem à prática!
Concordo e aplaudo que se façam eventos culturais, desportivos, jantares de gala, passagens de modelos, festas feiras e romarias, homenagens, caminhadas e corridas solidárias, Waterslides e Pistas de gelo, que se reduzam gastos em iluminação (se bem que deveria ser em toda a cidade e não só nas artérias principais), entre outros…
Mas, Exmos Srs responsáveis por Bragança, a ETAR é primordial, deveria ser um assunto para ontem, pois hoje é tarde, muito tarde, tarde de mais, para uma obra necessária que nasceu mal, cresceu pior e está a deixar a população farta, gastem urgentemente algum dinheiro, na ETAR e não em estudos de impacto ambiental que dizem ter feito, não é isso que tira o cheiro das nossas portas e dos nossos narizes.
Seria uma bela prenda para todos os Bragançanos, que gostam e teimam em viver em Bragança, que vivem a cidade em alturas extremamente difíceis, a nível pessoal, profissional e social…
BASTA! CHEGA! Resolva-se o problema da ETAR urgentemente, agora, já, não daqui a não sei quanto tempo! Invistam nos habitantes da cidade, invistam no que faz falta, no que é urgente, e sim a ETAR é mais que urgente, é um problema de saúde pública, plantado no centro da cidade a que se teima fechar os olhos e que infelizmente parece que toda a gente tem medo de falar… Falam em surdina, com medo que alguém possa ouvir… Mas não pode ser em surdina, tem que ser de viva voz para que este problema se resolva, agora e já, para que como dizem “fazendo com que o Centro Histórico se volte a afirmar como elemento central do sistema urbano policêntrico que Bragança apresenta hoje em dia, com capacidade para atrair vivências urbanas qualificadas num espaço de elevado valor patrimonial e ambiental, atraindo novas atividades produtoras de emprego e residentes”. Sim a ETAR fica
no meio do Centro Histórico, às portas do Castelo, principal atração turística da Cidade, que já agora precisa de obras rapidamente, quer a nível de Muralhas, empedrado de calçada, iluminação e porque não, de um melhor serviço de distribuição de TV, uma vez que não é permitido colocar antenas nos seus telhados…
Vamos "desencanar" a ETAR, de uma vez por todas!
Crónica do Corneteiro do BC3 // Por Fernando Aragão
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A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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