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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

População de Paçó de Rio Frio exige construção de ponte na EN 218

A população de Paçó, aldeia anexa a Rio Frio, no concelho de Bragança, ameaça cortar a Estrada Nacional 218, se nada for feito para garantir a travessia da via em condições de segurança. A aldeia, com 60 habitantes, é atravessada pela Estrada Nacional, que faz a ligação entre a A4, nas proximidades de Bragança, e Vimioso e Miranda do Douro.
Diariamente, os habitantes de Paçó têm de atravessar esta via para se deslocarem para as suas propriedades agrícolas e até para algumas moradias que se localizam na zona. 
Ainda esta semana, por volta das 22h30 da passada segunda-feira, houve o atropelamento dum rebanho, que provocou a morte a 10 ovelhas e um cão. Outos animais do rebanho com 700 cabeças ficaram gravemente feridos e o proprietário teme que não resistam aos ferimentos.

Cansados de reivindicar a construção de uma ponte, à semelhança daquelas que existem em Rio Frio e Outeiro, localidades atravessadas pela mesma estrada nacional, ameaçam tomar medidas, se nada for feito para garantir a travessia de pessoas, veículos e animais em segurança.

“Queríamos um pontão para passar as pessoas, o gado e tudo. A gente corta a estrada”, garante Ilda Rodrigues.

“Temos de fazer alguma coisa, até mando vir tractotores de fora e vamos tapar a passagem”, diz outra habitante de Paçó Georgina Rego.

“Temos uma travessia onde passam tractores, seres humanos e não temos uma passadeira nem uma ponte. Só quando matarem uma pessoa é que tratam disso”, acusa Alexandre Fernandes.

O proprietário do rebanho atropelado, António Fernandes, garante que a travessia estava devidamente sinalizada e lamenta a perda dos animais, sendo que este já é o sexto acidente que tem com ovelhas e teve também já cinco cães atropelados no mesmo local.

“Estava a sinalizar o rebanho com o foco e com um colete, com a 20 metros de distância do rebanho, mas não viu nada só parou em cima do rebanho. Ajuda? Não tenho nenhuma, não me pagam o valor, valem 100 euros, pagam-me 50, algumas iam ter as crias agora, pelo menos cinco”, explica.

Abílio Lopes, tesoureiro da União de Freguesias de Rio Frio e Milhão, luta há 15 anos pela construção de uma ponte naquela zona, tendo enviado já vários ofícios à Junta Autónoma de Estradas e à Estradas de Portugal, actual Infraestruturas de Portugal, acompanhados por fotografias dos acidentes, recortes de notícias que dão conta dos mesmos e até um pequeno estudo que aponta para a melhor localização da passagem superior, que a população considera que seria a melhor solução para o problema.

A Estradas de Portugal até respondeu, em Julho de 2013, indicando que “o facto de, em média, passarem no local 1300 veículos por dia e os indicadores de sinistralidade registados, apenas justificavam a introdução de medidas de baixo custo, a salientar a colocação de sinalização”.

Uma justificação que não convence Abílio Lopes.

“Eu pergunto se se justifica uma passagem superior em Outeiro e Rio Frio onde não houve acidentes nos últimos 15 anos com animais ou veículos, enquanto que em Paçó já aconteceram vários. Aqui os veículos passam a alta velocidade, está lá o sinal de redução de velocidade, mas ninguém respeita”, e teme que um dia venha a acontecer com as pessoas.

Depois do acidente desta semana, o representante da União de Freguesias vai reforçar o pedido de uma passagem superior junto da Infraestruturas de Portugal. A Brigantia contactou também esta empresa pública, solicitando esclarecimentos sobre o assunto mas, até ao momento, não obtivemos resposta. 

Sara Geraldes
Escrito por Brigantia

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