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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 27 de agosto de 2016

1º dia do Festival de Música Tradicional de Macedo abriu com o Nordeste e fechou com o Alentejo

Ontem a Praça das Eiras de Macedo de Cavaleiros ficou a abarrotar para assistir ao 1º dia da XVI edição do Festival Internacional de Música Tradicional, um evento que é já uma marca incontornável no panorama dos festivais de verão, com a particularidade de este ser um dos poucos festivais que se realizam no país tendo como elemento de atratividade as músicas tradicionais do mundo.
Este ano, e mais uma vez, a edição foi aberta com a prata da casa, dois jovens músicos de Macedo de Cavaleiros, António Maltta Gomes e Bruno Mazeda, que mais do que a cintilação da prata transmitiram a um anfiteatro a abarrotar de gente o brilho do ouro da sua criatividade. É, na verdade, o que se poderá dizer da performance destes dois ainda muito jovens intérpretes e criadores que vão construindo as suas carreiras musicais num substrato experimental admirável. 

Os dois jovens macedenses juntam o som e os ritmos tradicionais da gaita-de-foles, do cavaquinho, do tamboril, do bombo ou da flauta pastoril a um “layout” eletrónico que vai correndo como uma espécie de sonoridade de fundo que cativa, acalma ou exalta. António e Bruno são, sem dúvida, e apesar de ainda muito novos, dois músicos talhados para um percurso com sucesso garantido.

À atuação de António Malta Gomes e Bruno Mazeda seguiu-se o espectáculo de “La Porteña Tango Trio”, que na verdade não são um trio, mas antes um sexteto de intérpretes que constroem a sua atuação baseados na interpretação de temas tradicionais do tango argentino, não faltando para tal a presença da voz e de dois bailarinos capazes de criarem uma verdadeira ambiência de Buenos Aires. 

La Porteña Tango Trio é um dos grupos mais populares de tango a atuar na Europa, tenho o seu selo patente em alguns discos produzidos pelo grande músico argentino Litto Nebbia.

O trio de instrumentistas é dirigido pelo brilhante e experiente guitarrista Alejandro Picciano , tendo no piano Federico Peuvrel e na execução do instrumento mais emblemático do tango, o Bandoneón, Matthias Picciano, um jovem com apenas 21 anos de idade e que é, sem dúvida, uma das grandes revelações do género. 

O espetáculo é composto ainda pela voz de Eugenia Giordano e pela coreografia de dois excelentes e irrepreensíveis dançarinos, Marcos Monzón y Amira Luna. 

La Porteña Tango Trio trouxe até à Praça da Eiras um grande show de Tango Argentino, com a execução de temas que nos fez viajar através da tradição argentina e do inesquecível Astor Piazzolla, que foi o mais inovador e o maior construtor do som do tango argentino. 

A encerrar, já muito próximo da meia-noite e com a plateia reduzida a metade,- um comportamento do público macedense incompreensível e que se repete de ano para ano com os últimos intérpretes-, subiu ao palco Pedro Mestre que, acompanhado de mais três camaradas, brindaram os resistentes com uma atuação de grande nível, composta por quatro vozes cristalinas, muito claras e puras, e uma execução da viola campaniça própria de um grande e verdadeiro mestre. 

Pedro Mestre veio de Castro Verde e tem dedicado a sua vida à música tradicional alentejana, desenvolvendo vários projetos nesta área enquanto cantor, tocador e construtor de viola Campaniça. 

Nos intervalos entre os grupos atuaram ainda os “Toca a Bombar” e o Rancho Folclórico de Macedo de Cavaleiros.

O Festival continua hoje com os grupos Três Culturas Três, Malech Machaya e Zingarelhos. O que se espera é mais um bom naipe de espetáculos e, já agora, a paciência e a persistência do público para assistir a todas as atuações até ao fim.

in:noticiasdonordeste.pt

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