Na fonte dos Vilarelhos, termo de Alfândega da Fé, vive uma linda moura em guarda de valiosíssimo tesouro.
Um homem a quem apareceu soube-lhe falar e ela prontificou-se a dar-lhe seis vinténs diários, tanto disse bastar-lhe para seu governo sem necessidade de trabalhar, se lá fosse todos os dias ao dar da meia noite.
Um homem a quem apareceu soube-lhe falar e ela prontificou-se a dar-lhe seis vinténs diários, tanto disse bastar-lhe para seu governo sem necessidade de trabalhar, se lá fosse todos os dias ao dar da meia noite.
Na verdade, o homem não era peco, e todos os dias, à hora aprazada, encontrava junto à fonte, debaixo de uma pedra, a luzente moeda de prata.
Os vizinhos admiravam-se, porque, sendo pobre, vivia à tripa-forra sem trabalhar.
Os antigos camaradas de jeira chamavam-no ao passar junto da sua porta para o serviço, mas ele dizia sempre que não ia. Por último, aborrecido com a impertinência da chamada, retorquiu escarnecedor e soberbo:
Os vizinhos admiravam-se, porque, sendo pobre, vivia à tripa-forra sem trabalhar.
Os antigos camaradas de jeira chamavam-no ao passar junto da sua porta para o serviço, mas ele dizia sempre que não ia. Por último, aborrecido com a impertinência da chamada, retorquiu escarnecedor e soberbo:
– Que não ia trabalhar,
Nem de trabalhar precisaria,
Enquanto a Fonte de Vilarelhos
Lhe desse seis vinténs por dia.
Na noite seguinte voltou à fonte, mas a moeda não estava e nunca mais a viu.
Fonte: ALVES, Francisco M. – Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, vol. IX, Porto, 1934, p. 451.
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