Aprender a Brincar: professor brigantino desenvolve jogos para ajudar a estudar música Um professor do Conservatório de Música de Bragança criou jogos didácticos para ajudar os alunos a estudar formação musical. Professor de música há 12 anos, João Dias, decidiu, há 6, criar os conteúdos didácticos do “Ouvido Astuto” que inicialmente estavam disponíveis apenas num site e passaram também a estar acessíveis em aplicações de telemóvel.
Para os alunos que usam os jogos, este é um bom método de aprendizagem. Diogo Bento de 14 anos estuda violino e piano no conservatório de Bragança e diz que os jogos o ajudaram a desenvolver as capacidades musicais.
“Comecei a usar “Ouvido Astuto” no 5.º ano. Muitas vezes utilizo para passar o tempo e gosto de estudar por lá, acho que é um excelente método para a aprendizagem. A aplicação faz com que apliquemos as aprendizagens e acho que as desenvolvemos muito”, garante.
Já Lara Semanas, aluna de guitarra e coro há 3 anos no conservatório, refere que usa a aplicação para se preparar para os testes.
“Uso a aplicação no tablet de vez em quando, principalmente quando vamos ter teste. Tem ajudado a desenvolver a minha música, o meu ouvido e para os testes. Desde que descarreguei tem facilitado na formação musical, porque é uma boa aplicação para quem quer melhorar a música”, diz.
Os jogos de leitura de notas e de ritmo são alguns exemplos, e para o sistema “android” há duas aplicações, “uma para trabalhar o reconhecimento auditivo melódico, na qual aparece um teclado de piano, ouve-se um som e os alunos têm de carregar na tecla correspondente, ou seja, o inverso de quando se toca um instrumento, e serve para mostrar ao software que o utilizador sabe que determinado som corresponde à nota; o segundo tem a ver com a leitura de notas, é apresentada uma nota musical numa pauta que deve ser identificada”, explica João Dias, o autor destes recursos.
De acordo com João Dias “é difícil encontrar uma forma de colocar os alunos a estudar partes específicas da música”.
"Quando se tem de estudar história, português ou mesmo um instrumento é muito concreto. Já no caso da formação musical, que implica o reconhecimento auditivo, é mais complicado", sustenta, visto que não há forma de saber se a compreensão dos sons está correcta, a não ser na aula.
Quando os alunos usam a aplicação, este professor acredita "que há evolução", nomeadamente em preparação para testes e porque os alunos ficam “com uma velocidade de leitura superior”.
E o mercado vai para além dos alunos do conservatório e ultrapassa mesmo os limites da própria fronteira nacional. Onde mais se usam as aplicações criadas em Bragança é nos Estados Unidos, Brasil e Coreia do Sul.
As duas versões do "Ouvido Astuto", uma gratuita e outra, sem publicidade, para quem quer apoiar o projecto, já foram descarregadas para telemóvel por cerca de 5 mil pessoas.
O professor revela que tem muitos projectos, alguns dos quais estão já a ser desenvolvidos, passando pela junção de material escolar, usando a realidade virtual auditiva, em “jogos mais imersivos”.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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De louvar o empenho, a criatividade deste docente, compreende que é necessário inovar, motivar para levar os alunos a atingir os seus objectivos. Não se limita às regras instituídas, procura soluções que levem a uma verdadeira aprendizagem.
ResponderEliminarDe louvar também a atenção do proprietário do blog, sempre atento ao que se passa nesta região.