Juiz de fora da vila de Algoso, concelho do Vimioso.
Eis o que a respeito deste digno magistrado se lê na Enciclopédia das Famílias:
«Fez-se digno de honrosa memoria pela sua repugnancia ás ordens do governo intruso; por continuar debaixo delle a usar do nome de S. A. R. em alguns processos, por conservar as armas reaes no pelourinho e na casa da Camara daquella villa e por outras acções igualmente sublimes e arriscadas.
Jantando em sua casa varias auctoridades portuguezas que o increparam de não cumprir as ordens relativas á contribuição de guerra, respondeu-lhes lançando mão a um copo e levantando um brinde á familia real portugueza. Vendo porem que era necessario dar alguns passos sobre este objecto para não aggravar os males dos povos, principiou a dal-os lentamente só em maio.
Já a este tempo se tinham feito contra elle representações a Junot e baixaram conseguintemente ordens ao corregedor da comarca para se enformar dos factos, suspendel-o e prendel-o se fossem verdadeiros.
A grande distância de Lisboa e o estado em que tinha ficado a provincia de Traz-os-Montes, sem tropas nem auctoridades francezas, valeu-lhe chegarem as ordens quando as provincias do norte ja se remechiam para sacudirem o jugo; e o saber-se este magistrado livrar do perigo, até que rebentou o vulcão em Bragança».
Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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