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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Manuel António de Madureira Cirne

Abade de Carrazedo, concelho de Bragança, onde foi provido em 1779. Nasceu em Bragança (Santa Maria) a 11 de Abril de 1755; filho de António Peres de Sousa, capitão, natural de Nozedo, concelho de Vinhais, e de D. Francisca Doroteia de Madureira, de Bragança; neto paterno de Domingos Pires, de Aguieiras, e de D. Comba Gonçalves, de Nozedo, e materno de António Mendes Madureira e de D. Joana Maria, de Bragança.
No seu assento de óbito, sucedido a 23 de Dezembro de 1833, que se encontra nos livros de registo da freguesia de Carrazedo, vem com o nome de Manuel António de Sousa Madureira e Cirne, mas em 1823 foi vigário capitular (ver tomo IV, pág. 598, destas Memórias) e nos documentos assina Manuel António de Madureira Cirne. Era graduado em cânones e protonotário apostólico.
Supomos que é dele, ou pelo menos inspirou, a Relação Fiel, e exacta do Princípio da Revolução de Bragança e consequentemente de Portugal. Folha  avulsa, que depois saiu in-4.°, onde se reivindica para Manuel Cirne a glória de ser ele o primeiro que em Bragança levantou o grito contra os franceses em 1808, como de facto assim foi. 
A este propósito é sobremodo honroso para ele o seguinte documento:

«MANUEL JORGE GOMES DE SEPULVEDA, commendador da Ordem de Christo, Fidalgo da Casa Real, alcaide-mór do Castello e Villa de Trancoso, Tenente-general e effectivo dos Reaes exercitos e Governador das armas da provincia de Traz-os-Montes, etc.
Attesto em como o Reverendo Manuel Antonio de Madureira Cirne, Proto-Notario Apostolico de Sua Santidade, abbade de Carrazedo, examinador Synodal no bispado de Bragança e natural d’esta cidade, é um parocho de distinta consideração, que exercita ha trinta annos o dito ministerio, no qual tem merecido aos seus prelados a particular contemplação de ser, como tem sido, repetidas vezes nomeado visitador d’aquella diocese, por cujas circunstancias, e não menos pela sua intelligencia, honra e prestimo foi eleito como Representante do Clero e Membro da Junta Provisoria do Supremo Governo da Provincia de Trás-os-Montes, instituida debaixo da minha presidencia, pelo urgente motivo da feliz e gloriosa revolução deste reino contra o governo francez, a qual principiou e fez romper no sempre memoravel dia 11 de Junho proximo passado na dita cidade, aonde eu como general o mais antigo d’este reino e governador das armas da dita provincia, fui proclamado chefe d’esta nobre empreza, de que o sobre dito foi autor e o primeiro insurgente, dando em tudo evidentes provas da maior fidelidade e patriotismo. Passa o referido na verdade; e para que conste, etc. Quartel general do Porto 30 de Setembro de 1808».

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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