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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Biodiesel de óleo de palma ameaça floresta tropical e polui mais do que gasóleo

O consumo de óleo de palma para produção de biodiesel na Europa cresceu 2,6% em 2015, um aumento que ameaça a floresta tropical e que a Quercus critica, já que este combustível polui três vez mais do que o gasóleo.
“O biodiesel europeu é, atualmente, o principal produto final resultante do óleo de palma, atingindo a fatia inédita de 46%. Isto significa que os condutores são, apesar de inconscientemente, os maiores consumidores de óleo de palma na Europa”, refere um comunicado da Quercus enviado à agência Lusa e que alerta para o impacto deste crescimento na destruição das florestas tropicais.

Segundo os dados apresentados pela associação ambientalista, o biodiesel produzido a partir de óleo de palma representou 32% de todo o biodiesel consumido na Europa em 2015 e por “2% de todo o gasóleo queimado”.

“De todos os biocombustíveis, o óleo de palma é o mais barato, sendo também o mais poluente. As suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) são três vezes mais elevadas do que as do gasóleo. Isto porque a expansão das plantações de palmeiras tem como consequência a desflorestação e a drenagem de zonas húmidas em áreas de floresta tropical do sudeste Asiático, da América Latina e de África, de enorme valor ecológico”, afirma-se no comunicado.

A Quercus estima que se a “intensiva utilização” de óleo de palma na Europa fosse replicada no resto do mundo “seriam necessários 4.300.000 hectares de terreno nas regiões tropicais do planeta para alimentar essa procura”.

Segundo a associação, o que está em risco é “uma área equivalente às florestas tropicais que ainda restam nas zonas húmidas do Bornéu [ilha do sudeste asiático], Sumatra (na Indonésia) e na península da Malásia”.

Um hectare equivale à dimensão de um campo de futebol profissional.

De acordo com uma versão preliminar de uma proposta para uma nova diretiva comunitária para as energias renováveis, a Comissão Europeia, referiu a Quercus, “planeia continuar a apoiar os biocombustíveis produzidos a partir de culturas alimentares, com uma meta para 2030 de 3,8% do total dos combustíveis no setor dos transportes — uma muito pequena redução face à quota dos biocombustíveis (4,9%) alcançada já em 2014”.

“Estas previsões contradizem completamente a estratégia da própria Comissão Europeia para uma Mobilidade com Baixas Emissões, publicada em julho, onde se prometia uma descontinuação dos biocombustíveis à base de culturas alimentares”, recorda a Quercus.

Para a associação ambientalista, “é urgente e prioritário pôr termo a esta situação que pode acabar de vez com as florestas tropicais do planeta”, exortando a Comissão Europeia a eliminar a produção de biodiesel de produção agrícola até 2025, e de todos os biocombustíveis de primeira geração até 2030.

Porto Canal

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