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sábado, 5 de novembro de 2016

José Paulino de Sá Carneiro

General de divisão reformado, ajudante de campo honorário de el-rei D. Luís, deputado em várias legislaturas, par do reino em 1887, director do Real Colégio Militar, nasceu em Bragança a 24 de Julho de 1808 e faleceu em Lisboa a 4 de Setembro de 1891.
Era filho de António de Sá Carneiro e de D.Maria do Ó Ferreira. Assentou praça em infantaria n.° 24 da guarnição de Bragança em 1824; emigrou com a divisão constitucional para a Galiza em 1828; esteve na ilha Terceira, onde entrou em alguns combates que ali se deram; fez parte da Divisão Auxiliar à Espanha em 1835, onde se houve com bravura, bem como nas lutas constitucionais de 1833; exerceu com brilho várias comissões de alta responsabilidade e teve grande preponderância política; foi escolhido por aquele monarca para a honrosa comissão de levar a espada de honra que, em 1885, ofereceu ao imperador Guilherme, da Alemanha. Era grã-cruz da ordem da Torre e Espada e da de Avis, comendador da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e da de Cristo, cavaleiro da Legião de Honra de França e da de Isabel, a Católica, de Espanha e possuía as medalhas das campanhas da Liberdade e da Divisão Auxiliar à Espanha.
Escreveu:
Breves observações acerca do que do exército, e particularmente da arma de artilharia, disse na câmara dos senhores deputados o sr. deputado José Paulino de Sá Carneiro, coronel do 7.° regimento de infantaria. Lisboa, 1866.
Resumo histórico dos progressos da arte militar desde os tempos mais remotos até aos nossos dias, com as aplicações nos diferentes casos da guerra, tirados dos feitos de armas e das campanhas os mais célebres, servindo de base a um curso prático de táctica, para uso dos oficiais inferiores, e dos alunos das escolas regimentais, por Mr. Ph. Fons Colombe, antigo oficial de cavalaria, traduzido do francês com muitas notas. Porto, 1857, com catorze estampas explicativas desdobráveis e uma introdução pelo tradutor.
Ao patriotismo do povo. Lisboa, 1868. 8.° de 12 págs. A Guerra nos Estados Unidos da América. Saiu na Revolução de Setembro de 1869.
Considerações militares. Saiu no Jornal do Comércio de 1867.
Colaborou na Revista Militar, Jornal do Comércio, Novidades, etc.
Seu pai fez parte da Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão em 1808 e parece que não voltou a Portugal, sendo capitão da guarnição de Perpignan em 1828. 
Na sessão da câmara dos deputados de 9 de Abril de 1867 foi apresentado o processo do juiz de direito do 2.° distrito criminal contra José Paulino de Sá Carneiro, coronel de infantaria n.° 7, então deputado, e outro colega, por haverem sido testemunhas no desgraçado duelo em que foi morto por Miguel de Sá Nogueira, com um tiro de pistola, o malogrado deputado José Júlio Pinto. As sessões desse tempo, onde sobre o caso houve acalorada discussão, encerram pormenores muito curiosos acerca do trágico acontecimento, motivado por uns insultos recíprocos dirigidos em discussão nas câmaras.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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