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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Pedaços do Nordeste no Céu de Lisboa

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Em conversa amena com um velho amigo, veio à baila o editorial que o diretor do Jornal Nordeste, onde ambos cronicamos, publicou a 11 de outubro de 2016. Feito a propósito da notícia da festa de inauguração do novo MAAT, na capital, glorificando a rica EDP cuja parte significativa da energia que vende é produzida na bacia do Douro não se vislumbrando por cá grande coisa, como contrapartida. A poderosa Fundação dirigida e financiada pela elétrica nacional construiu um vistoso museu na capital engrandecendo, é certo, todo o país, mas, de maneira especial, a cidade ribeirinha do Tejo.
Teófilo Vaz afirma ainda que também nos cabe a nós exigir que os recursos que nos são sequestrados sejam devidamente valorizados. Sendo verdade que as barragens durienses e dos seus afluentes são fontes de riqueza e desenvolvimento, também é verdade que a maior valia vai para as grandes urbes cujo bem estar se faz à custa de privações nordestinas. Para que haja ar condicionado confortável, iluminação suficiente, força-motriz adequada na indústria e nos transportes públicos, programas lúdicos, telecomunicações e tantas outras regalias providenciadas em abundância e com comodidade aos alfacinhas e a todos os que os visitam, milhares de nordestinos tiveram de abdicar de incontável número de oliveiras, amendoeiras e outras árvores, de muitas praias fluviais e de uma incomensurável grandeza de paisagem perdida para sempre. Em boa verdade muito do encanto lisboeta faz-se com pesadas contribuições do interior. Uma enorme fatia do seu céu, é composto de pedaços arrancados ao firmamento nordestino.
É natural esperar que os sacrifícios sejam devidamente valorizados e recompensados.
Não será, concerteza, para responder ao excelente editorial do Diretor do Jornal Nordeste, nem tão-pouco com a rapidez que se deseja, muito menos no valor merecido, mas houve notícia recente da implementação de alguns projetos marcantes integradas no largo pacote das medidas compensatórias com que a EDP se comprometeu.
Um texto do Jornal Público de 15 de outubro do ano corrente (2016) deu conta da concessão da exploração turística da albufeira do Tua e de parte da linha férrea sobrevivente, em exclusivo,  ao empresário duriense, Mário Ferreira. Não terá sido fácil, garante o empreendedor. Tal acordo só foi concretizado depois de a EDP ter sido “obrigada” a fazer vultuosos investimentos para que o empreendimento fosse sustentável. Segundo o dono da Douro Azul a elétrica teve, na prática, de duplicar o seu investimento inicial de dez milhões de euros para tornar o projeto apetecível.
O Presidente da Câmara de Torre de Moncorvo anunciou recentemente um projeto turístico, embora sem se revelar os valores envolvidos, que vai catapultar a região do Baixo Sabor para um patamar cimeiro na oferta turística de qualidade. Trata-se do Sabor Lake Resort um conceito inovador de exploração da albufeira, com base em casas flutuantes que percorrerão os diferentes lagos que a barragem criou em Moncorvo, Mogadouro e Alfândega.


José Mário Leite, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia) e A Morte de Germano Trancoso (Romance) tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

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