A publicação foi apresentada por Paulo Rangel, eurodeputado e vice-presidente do grupo do Partido Popular Europeu, que considerou o trabalho apresentado importante, em particular em territórios de baixa densidade, ao promover a ligação entre o terreno local e regional e o terreno europeu.
“Nos territórios de baixa densidade ainda é mais importante, porque muitas vezes o conhecimento das matérias europeias, de agências e institutos europeus a que se pode recorrer fica um pouco esquecido. A criar este canal de ligação directa, dá instrumentos para os agentes locais poderem fazer a utilização de muitos recursos europeus. O deputado José Manuel Fernandes é um exemplo para todos dos deputados porque está a fazer a representação da Europa junto dos portugueses e a representação da Europa junto dos territórios portugueses”, salientou.
O plano Juncker e outros fundos para a região, os novos desafios da Europa e a visão sobre a realidade de Trás-os-Montes são os temas abordados ao longo das 288 páginas da publicação.
O eurodeputado eleito pelo PSD, que representa os círculos de Bragança e Vila Real, para além de Braga e Viana do Castelo, considera que esta publicação é uma forma de cumprir o compromisso com a proximidade.
“Assumi o compromisso de ter um mandato de proximidade, de informar e de estar presente. Tenho todos os anos um livro a que chamo agenda, é uma homenagem ao poder local, na qual tenho temas europeus e faço referências a cada um dos municípios. É um livro que mostra que a construção europeia se faz com actores locais, nacionais e europeus”, salientou.
Na apresentação, José Manuel Fernandes abordou ainda a questão da descentralização das competências para as autarquias. O eurodeputado, que se considera um municipalista, pensa que pode ser favorável aos municípios ganharem mais competências. Mas quanto à possibilidade da eleição dos responsáveis da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte pelos autarcas, o também antigo presidente de câmara considera que isso pode levar à manipulação desta comissão.
“Ainda não sei que mudanças são essas, mas deixar que um presidente da CCDR-N, seja eleito pelos autarcas e depois o manietarem e não lhe derem autonomia isso não serve de nada”, defendeu.
O envelhecimento da população e a diminuição demográfica na região são assuntos analisados. Em quatro anos, o distrito de Bragança perdeu mais de 7 mil residentes e Vila Real quase 9 mil. Em contraponto há mais pessoas com idade superior a 65 anos a viver em Trás-os-Montes. A agenda “Pela Nossa Terra” destaca ainda números sobre a imigração nos concelhos e actividades ligadas ao sector da construção na região, que regista uma baixa actividade.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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