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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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sábado, 29 de abril de 2017

Antigo autarca de Alfândega da Fé responde por terrenos do falhado Funzone

O ex-autarca, de 59 anos, é acusado pelo Ministério Público de três crimes de participação económica em negócio, puníveis com pena de prisão até cinco anos.
Foto: Adriano Miranda
O antigo presidente da Câmara de Alfândega da Fé, o social-democrata João Carlos Figueiredo, começou hoje a ser julgado por negócios que envolvem terrenos destinados ao falhado projecto privado turístico Funzone Village.

Em causa está a aquisição pela autarquia do distrito de Bragança de três terrenos que a acusação do Ministério Público entende terem sido pagos a preços “muito superiores" aos de mercado e das avaliações.

O arguido, actualmente quadro superior do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), quis falar no início do julgamento, que decorre no tribunal de Bragança, para afirmar que não teve “intenção de prejudicar o município, nem beneficiar terceiros”.

João Carlos Figueiredo liderou a autarquia entre 2001 e 2009 e afirmou que entendeu estar a fazer “um bom negócio para o município” quando decidiu adquirir os terrenos, um para o centro escolar e dois para o Funzone Village, que chegou a Alfândega da Fé através da antiga Agência Portuguesa para Investimento.

O projecto de um empresário inglês, Chaby Rodrigues, prometia um investimento de 70 milhões de euros na construção de um complexo turístico na área da barragem da Estevaínha destinado a crianças incapacitadas e famílias.

Ao todo, o município adquiriu a particulares vários terrenos e em causa, neste julgamento estão três negócios com preços díspares em relação aos restantes, nomeadamente um terreno pago a 28 euros o metro quadrado, enquanto noutro contíguo o valor foi de pouco mais de dois euros.

O ex-autarca, de 59 anos, é acusado pelo Ministério Público de três crimes de participação económica em negócio, puníveis com pena de prisão até cinco anos.

Quando a acusação foi confirmada, João Carlos Figueiredo reagiu expressando à Lusa, apesar de tudo, “satisfação” por as autoridades judiciais terem concluído não existirem quaisquer indícios de crimes como corrupção, peculato, abuso de poder ou gestão danosa e não ter tido “benefício próprio”. “Ou seja, em português corrente não meti qualquer tostão ao bolso”, observou.

O arguido pediu a abertura da instrução para rebater a acusação de Abril de 2016 do Ministério Público, mas o juiz confirmou parcialmente os factos e crimes imputados ao antigo autarca e determinou a realização do julgamento, que começou hoje.

O processo iniciou-se com a comunicação ao Ministério Público do relatório de uma inspecção feita ao município pela Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL), a que se seguiram buscas e investigação da Polícia Judiciária (PJ).

O actual executivo camarário, liderado pela socialista Berta Nunes, constitui-se assistente e pede uma indemnização de cerca de 300 mil euros, depois de se ter deparado com penhoras das contas da autarquia e ter renegociado com os visados.

Agência Lusa

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