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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Meios rurais sem resposta para vítimas de violência domestica

Um estudo realizado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, alertou para a escassez de respostas nos meios rurais destinadas a ajudar as mulheres vítimas de violência conjugal.
A aluna de mestrado e investigadora Flávia Serra estudou a eficácia das redes de apoio às vítimas de violência conjugal. Segundo explicou hoje a UTAD, em comunicado, o objetivo da investigação foi conhecer as garantias e apoios prestados às mulheres vítimas e também analisar de que forma os mesmos respondem às necessidades mais prementes de proteção.

O trabalho de Flávia Serra intitula-se "O apoio às vítimas de violência conjugal: um estudo de caso a partir das representações das vítimas na UMAR do Porto", e teve especial incidência no acolhimento de mulheres vítimas de violência de género, num dos equipamentos de resposta social da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), do Porto.

O estudo visou a análise de processos individuais de mulheres acolhidas naquela estrutura de forma a "compreender que tipo de apoio as mulheres vítimas de violência procuram e que resposta lhes é facultada".

Flávia Serra referiu que, a partir da abordagem e dos testemunhos obtidos, a investigação concluiu que "há falhas no sistema de apoio que, para além da falta de verbas, também enfrenta fracos recursos para sustentarem a sua intervenção".

O estudo destacou ainda o facto de "as estruturas de atendimento especializado estarem localizadas, sobretudo, nos centros urbanos e no litoral".

Esta condição é, de acordo com a investigadora, "um entrave às pessoas que vivem nos meios rurais e no interior do país, pois sentem-se abandonadas e isoladas".

Por isso, segundo Flávia Serra, "a maior parte dessas mulheres sujeita-se a continuar as relações afetivas marcadas por atos violentos".

Acrescentou que o facto das "estruturas de acolhimento por algumas vezes não terem vaga, condiciona a decisão das mulheres em procurarem esta resposta social".

Por fim, reconheceu, "apesar dos avanços dos últimos anos no combate à violência contra as mulheres em Portugal, fica um longo caminho por andar, e nesse caminho o trabalho social feminista é chamado a contribuir com o seu olhar e sua perspetiva, colocando as mulheres como centro da sua prática empoderadora".

O estudo, realizado no âmbito do mestrado em Serviço Social, teve a orientação de Luzia Oca Gonzalez, professora do Departamento de Economia, Sociologia e Gestão da UTAD.

Agência Lusa

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