“Portugal ainda não percebeu que é um navio a adornar para o litoral mas esse não é o país que queremos. Não foram felizes, aqueles que escolheram a baixa densidade para dar nome ao interior.” É assim que Nuno Gonçalves, presidente da câmara de Torre de Moncorvo fala sobre a desertificação que afecta o nordeste transmontano.
Nuno Gonçalves considera que o poder local também pode ter um papel determinante para evitar que as pessoas continuem a querer sair destas regiões e é de opinião que “de uma vez por todas, os municípios têm que se unir.” À semelhança do que manifestou já em outras ocasiões, o presidente de câmara, refere novamente a importância do papel das Comunidades Intermunicipais (CIM). “Temos de ter massa crítica e os municípios têm de deixarem as capelinhas de lado para se juntarem numa só voz reivindicativa”, defende.
Para o papel das câmaras no combate à desertificação e no incentivo à fixação de pessoas, o presidente de Moncorvo, propõe medidas como, a aplicação o IMI à taxa mínima, ou a venda de terrenos de construção a valores simbólicos, que vão de um a sete cêntimos em muitos casos. “Tudo o resto tem de ser o poder central a pensar o que quer para o interior, para Portugal e o que quer fazer numa política direccionada para uma descentralização pensada e com os poderes e envelopes financeiros que são devidos a estes territórios”, conclui Nuno Gonçalves.
Contudo, para contrariar as expectativas dos pessimistas relativamente há desertificação do interior, o concelho moncorvense está a inverter a tendência. Há três anos, Moncorvo registava o menor número de nascimentos, durante um ano inteiro nasceram apenas 2 bebés no concelho. O presidente espera ver esta tendência contrariada no futuro, já que 2015 e 2016 trouxeram perspectivas animadoras, o número aumentou para 48 nascimentos.
Escrito por Brigantia // Foto: CM Torre de Moncorvo
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