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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

CARAVELAS - Freguesias do Concelho de Mirandela

CARAVELAS situa se já na Serra de Bornes, para os lados da estrada que vai de Macedo para Moncorvo pela Vilariça. Fica a mais ou menos 18 km para ESE da cidade de Mirandela, a cujo concelho pertence. A arqueologia dolménica e castreja que ali tem sido posta a descoberto nos últimos anos leva nos a concluir que o povoamento do local é, pelo menos, pré-romano. Teria pertencido ao `Filar de Ledra', mas estava praticamente despovoada nos começos do século XII. Só depois se reiniciou o repovoamento. Como paróquia foi instituída depois da Idade Média, desmembrada da de Santa Marta de Bornes, e tendo como orago S. Brás. Foi sempre do termo de Bornes, aparecendo no século XVIII como pequeno concelho, onde passou a haver Juiz de Vara, homens de "acordo", quadrilheiro e jurados, dependente do de Mirandela.
Até 31 de Dezembro de 1853 pertenceu ao concelho de Cortiços, e, com a extinção deste nessa data, é transferida para o de Macedo de Cavaleiros. Em 24 de Outubro de 1855 passa finalmente para o de Mirandela. Foram seus donatários os Marqueses de Távora até 1759, data em que a posse é da Coroa até 1834. Em 15 de Março de 1864 é lançado um decreto que cria uma escola primária.
Foi em 1950 que atingiu o maior número de residentes com 467 pessoas. Em 1960 tinha I professora, 4 proprietários e 2 mercearias registadas. Em 1991 tinha 371 e em 2001 só eram 269 habitantes, e, destes, 134 pertenciam ao sexo masculino. Como ocupação, são
tradicionalmente agricultores e usam ainda processos tradicionais de cultivo das terras, embora já haja alguma mecanização. A pecuária ajuda nos trabalhos e nos proventos para que a vida se torne mais remunerada. Azeite, algum, mas sobretudo a castanha e os cereais, são os produtos que mais lucro dão. Ultimamente algum gado e algumas árvores de fruto, bem como explorações hortícolas têm ajudado bastante a economia dos locais. 
A Igreja Matriz, as casas tradicionais transmontanas, o Largo Principal onde se juntam e conversam para descansarem um pouco, e onde está uma fonte jorrando abundante água fresca, com um tanque/bebedouro dos animais ao lado, tudo com granito, a Escola Primária, são localmente pontos de referência obrigatórios. Como também a Associação Cultural, a Casa do Povo, o Lavadouro público e as largas varandas em madeira de muitas das suas habitações. 
Em 1995, em Caravelas existiam ainda: 1 barbeiro, 1 carpinteiro, 1 ferreiro, 1 ferrador, 4 pastores, 1 negociante, 4 pedreiros e 2 artesãos. Uma tecedeira fabricava mantas nó tear, e um carpinteiro fazia arados e jugos para os bois. Tinha 12 estudantes a partir do 5° ano, e, na primária, 4 alunos do 1 ° ano, 5 do 2.°, 4 do 3.° e 5 do 4 °.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

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