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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Dizeres e Ditos na Carta Gastronómica de Bragança

Maria Augusta Machado
Sr.ª Dona Maria Augusta Machado71 anos, vive em Parada. Vivia-se mal.
Tinha-se uma muda de roupa para ir à Escola.
Sempre a mesma, lavada à noite, seca ao lume, remendada à luz da candeia. A outra usava-se para ir às castanhas e com o gado.
Tinham duas juntas de cria e cordeiros. Os criados que tratavam do gado levavam merenda; um pão centeio inteiro e carne gorda.
No Verão dormiam numa cabana de palha, no Inverno vinham a casa. Mais tarde já tinham ovelhas leiteiras, passaram a beber leite e a fazer queijo. Cordeiros e vitelas vendiam-se para fazer dinheiro preciso para pagar os adubos, a mercearia, o que vestir e outras coisas, dizia a Mãe. Só no dia de S. Roque comiam vitela e tinha de dar para todos os convidados. Na Páscoa comiam perus, patos e porcos. No tempo das castanhas comiam-se de manhã, ao meio-dia e à noite, as castanhas entravam em todos os comeres.
Trocava-se uma cesta de batatas por uma cesta de laranjas. Comiam todos do mesmo prato. O irmão dizia: Ò Mãe faça umas batatinhas guisadas sem nada!

Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação
Publicação da Câmara Municipal de Bragança

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