"Penso que não há uma ligação deste género entre a Irlanda e Portugal, e espera-se que os dois municípios possam colher frutos deste relacionamento institucional a médio prazo", explicou.
Para o autarca, a ligação cultural entre as duas cidades abre portas para futuros relacionamentos comerciais, que começam já a desenvolver-se.
"No campo da tanoaria, há uma unidade instalada no concelho de Miranda do Douro que fornece pipos e barricas para uma famosa marca de bebidas espirituosas instaladas na Irlanda. Este é um início", explicou.
No campo das oportunidades comerciais, estão ainda os vinhos produzidos na sub-região do Douro Superior ou produtos como o azeite, enchidos e frutos secos (amêndoa ou nozes). A castanha poderá ser outro dos atrativos.
"Há um mercado potencial para a exportação de produtos produzidos nos seis concelhos do Douro Superior que devem ser enaltecidos através desta cooperação institucional", frisou Artur Nunes.
Ao nível do ensino, poder-se-á abrir uma porta para a entrada de alunos portugueses no Instituto de Ensino Superior de Sligo, ligado à formação de novos empreendedores, ciências empresariais e novas tecnologias, e que é atualmente frequentado por cerca de quatro mil estudantes.
"Esta poderá ser uma oportunidade para os jovens entre os 17 e os 25 anos", exemplificou.
Na área da arqueologia, e dada a origem celta de ambos os territórios e semelhanças de alguns monumentos (como a cultura castreja), pode também uma troca de experiências.
Para o presidente da câmara de Sligo, Hubert Keaney, será importante aproveitar o potencial de ambas as partes para promover esta interligação.
"Temos coisas muito parecidas com a realidade de Miranda do Douro. Este projeto faz todo o sentido", disse.
Para o autarca irlandês, há aqui "uma mistura " de cultura e tradições muito interessantes.
A cidade irlandesa de Sligo tem cerca de 20 mil habitantes.
Agência Lusa
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