Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 5 de maio de 2018

UM PLAGIO DESCARADO

Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..."
Dizia Cruz Malpique, que todos nós nascemos demasiadamente tarde para sermos originais.
Voluntariamente ou involuntariamente, plagiamos: expressões, frases e até usurpamos ideias.
Assim fazemos, porque somos influenciados: pelos livros que lemos, pelos amigos que temos e até pela revista ou periódico que assinamos ou compramos ao ardina. Os consagrados, os grandes escritores, como: Molière, Shakespeare, Anatole France, e também os nossos: Eça, Junqueiro, Camilo e Fernando Pessoa, plagiaram ou colheram ideias, imagens, argumentos, de escritores anteriores.
Mas nenhum plagiou – penso eu, – como Santa-Rita Durão, Professor de Teologia, na Universidade de Coimbra.
Nasceu em Cata Preta, Nossa senhora da Nazaré do Inficionado (Brasil), em 1722. Ainda crianças levaram-no para Portugal.
Estudou na Congregação do Oratório, e professou no Convento da Graça, dos eremitas de Santo Agostinho.
Em 1759, a pedido do Bispo de Leiria, lançou violenta verrina contra os jesuítas, para agradar ao Marquês de Pombal.
Arrependeu-se; ausentou-se do país, e foi viver em Espanha.
Decorria a guerra dos Sete anos. Portugal era aliado da Inglaterra, e o nosso frade foi considerado espião.
Foge para França, em 1763. É novamente suspeito, mas obtêm autorização para deslocar-se a Roma, sendo recebido pelo Papa Clemente XII.
Regressa a Portugal e, 1777, e leciona Teologia, na Universidade de Coimbra
Faleceu, em Lisboa, em 1784.
O que me levou abordar a figura polémica de Frei José de Santa- Rita Durão, não é a sua biografia, mas por haver escrito o “ Caramurú”, publicado em Lisboa, no ano de 1781
O “ Caramurú” não passa de grosseira imitação de: “ Os Lusíadas”
O decalque é descarado.
Vejamos:

Pela amostra, não há duvida que plagiou Camões, mas apesar disso, o “Caramurú”, merece ser lido.
Aliás, quem nunca plagiou?
Cruz Malpique, disse: que todos nascemos demasiado tarde para sermos originais; e o Eclesiástico já asseverava: “ Que nada de novo há debaixo do Sol.”

Humberto Pinho da Silva, nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA.Foi redactor do jornal: “Notícias de Gaia"” e actualmente é o responsável pelo blogue luso-brasileiro: " PAZ".

Sem comentários:

Enviar um comentário