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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Museu Abade de Baçal (1915)

As origens do Museu Abade de Baçal remontam a março de 1897, quando a Câmara Municipal deliberou a criação de um Museu Arqueológico numa sala dos Paços do Concelho. Mais tarde, por decreto de 13 de novembro de 1915, foi finalmente criado o Museu Regional de Obras de Arte, Peças Arqueológicas e Numismática de Bragança, que ficou instalado no edifício setecentista onde outrora funcionou o Paço Episcopal de Bragança.
Museu do Abade de Baçal

Em 1935, o Museu passou a designar-se Abade de Baçal, em homenagem ao erudito, investigador e também diretor do Museu, entre 1925 e 1935, que se encarregaria de enriquecer o acervo do Museu com o seu próprio espólio.
Seguidamente, exerceu funções de diretor do Museu, entre 1935 e 1955, Raul Teixeira, grande impulsionador da cultura da região e defensor do seu património, que desempenhou um papel decisivo na afirmação do Museu e na angariação de parte significativa do seu acervo. De facto, se originalmente, o Museu era constituído essencialmente por coleções de arqueologia, numismática e peças do recheio do Paço Episcopal, ao longo dos anos, a coleção foi aumentando, especialmente com as já referidas dádivas do Abade de Baçal, nos finais da década de 1920, mas também de Abel Salazar e da família Sá Vargas nos anos de 1930, do legado de Guerra Junqueiro nos anos de 1950, e de Trindade Coelho nos anos de 1960. Em 2001, foi adquirida uma importante coleção de máscaras transmontanas.
As principais coleções que integram o acervo do museu são de arqueologia, epigrafia, arte sacra, pintura, numismática, mobiliário, etnografia e ourivesaria.
Do fundo de arte sacra, deve ser individualizado um raro pluvial quinhentista, algumas esculturas barrocas de enorme qualidade, o tríptico Martírio de Santo Inácio, a Anunciação e a Arca dos Santos Óleos, a par de alguma ourivesaria litúrgica e mobiliário de uso prelatício.
Das espécies arqueológicas, destacam-se estelas com decoração variada, vasos e fragmentos cerâmicos, pontas de seta, alabardas, machados, fíbulas e outros objetos dos períodos pré e proto-históricos. Do período da ocupação romana da região, encontram-se no Museu vários testemunhos, como estelas funerárias, aras, árulas, marcos miliários, instrumentos agrícolas, cerâmicas, objetos de adorno e numismática.
Posteriormente à fundação de Portugal, merecem uma referência especial os forais Manuelinos, as medidas padrão quinhentistas para líquidos e sólidos, a bula da criação da Diocese de Miranda e um contador seiscentista indo-português.
No que respeita a pintura, o acervo contempla obras de pintores de renome, como Silva Porto, José Malhoa, Aurélia de Sousa, Joaquim Lopes e Veloso Salgado, e ainda um importante conjunto de cerca de 70 desenhos de Almada Negreiros.
O Museu Abade de Baçal acolhe ainda, com regularidade, exposições temporárias, de natureza temática ou dedicados à obra de artistas de relevo, como Nadir Afonso e José Rodrigues, entre muitos outros.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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