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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Portugueses e espanhóis unidos em manifestação contra exploração de urânio junto à fronteira

Mais de 200 portugueses e espanhóis juntaram-se, sábado, na Barragem de Saucelle, em Freixo de Espada-à-Cinta para, com um cordão humano, alertar para os problemas que pode trazer a exploração na mina de urânio a céu aberto em Retortillo, na província de Salamanca.
Nuno Sequeira, dirigente da Quercus, uma das três entidades que levou a cabo a acção, afirma que nenhum dos dois países têm nada a ganhar com o projecto. “Os organizadores da manifestação, a Quercus, a AZU e a Plataforma Stop Urânio, julgam que foi uma boa jornada. Estão aqui, neste momento reunidos alguns consensos para que possamos dizer que Portugal e Espanha estão unidos na contestação deste projecto. É preciso que o Governo Espanhol, o mais curto espaço de tempo, venha a público dizer que não vai autorizar o avanço destes projectos e que vai cancelar qualquer tipo de autorização que ainda esteja em vigor. Aquilo que são os impactos ambientais, sociais e económicos deste tipo de projectos seriam altamente nefastos e não teriam nada a dar para o futuro da região”.

Nuno Sequeira confirma que este projecto é, neste momento, o mais preocupante pois põe em causa a região transfronteiriça e poderá ter consequências na zona do Douro pois se houver contaminação das águas do rio Yeltes, que desemboca no rio Douro, os materiais radioactivos chegarão à zona de produção do vinho do Porto. “Os promotores já levaram a cabo, no terreno, algumas operações, nomeadamente, em termos de abate de de azinheiras, cerca de duas mil, construção de arruamentos, construção de uma barragem. Existem estaleiros, maquinaria já instalada. O promotor pretende avançar rapidamente e é preciso, também rapidamente, que o Governo português e espanhol escutem as preocupações dos dois países e percebam que todos os sinais vão no sentido de que os cidadãos não querem que estes projectos avancem”, explicou Nuno Sequeira.

Quanto ao Governo de Espanha, defende-se que faça uma avaliação de impacto ambiental transfronteiriça, que nunca foi feita e que mostraria que se deverá desistir do projecto, apontou Nuno Sequeira. Já quanto ao Governo português, o dirigente da Quercus afirma que há uma posição que não é nem tem sido suficiente. “O Governo português tem tido uma posição, no nosso entender, não suficientemente firme. Achamos que era necessário que exerce-se mais pressão junto de Espanha e dar bem conta que não existiu qualquer tipo de avaliação ambiental transfronteiriça e isso era suficiente para os projectos serem imediatamente suspensos”, confirmou o dirigente da Quercus.

A mina de urânio de Retortillo está a cerca de 40 quilómetros da fronteira portuguesa. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, o projecto desta exploração mineira é “susceptível de ter efeitos ambientais significativos em Portugal”, pela proximidade com a fronteira, e tendo em “atenção a direcção dos ventos” de Este e Nordeste.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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