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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Presidente da Associação Terras Quentes desmente explicações dadas por Benjamim Rodrigues sobre encerramento dos dois museus em Macedo

A Associação Terras Quentes, gestora dos dois museus municipais Martim Gonçalves e de Arqueologia Coronel Albino Pereira Lopo que estão encerrados em Macedo de Cavaleiros desde o início do ano, já se pronunciou sobre o assunto e desmente as explicações dadas por Benjamim Rodrigues, autarca local.
Num comunicado enviado à redação da Rádio Onda Livre, Carlos Mendes, presidente da Associação Terras Quentes, entidade gestora dos dois museus, começa por negar ter havido um desentendimento entre a sua pessoa e a vereadora da cultura do município, como afirmado pelo presidente da câmara de Macedo, referindo que “a srª Vereadora começou por nos informar que a autarquia não tinha dinheiro para financiar os salários dos funcionários da Associação Terras Quentes adstritos aos museus, e que estaria ainda a estudar a distribuição da verba de 100,000€ que lhe tinha sido atribuída (ao departamento cultural), sabendo que 70.000,00 € iriam para o futebol”.

Carlos Mendes refere ainda que a decisão de encerrar os museus não foi unilateral, como acusado pelo edil de Macedo, referindo também no comunicado que “no passado dia 2 de Janeiro de 2019, foi enviado para o e-mail pessoal do Sr. Presidente e para o e-mail da Presidência um ofício da Associação Terras Quentes, (mais tarde em formato papel nos serviços de correio) a dar conhecimento das medidas que iria tomar em virtude de ter despedido os três funcionários em 31 de Dezembro por falta de apoio financeiro para esse fim à Instituição.”

Quanto ao alegado não cumprimento das obrigações protocolares previstas no contrato, como referiu Benjamim Rodrigues, Carlos Mendes diz ser mentira visto que “nunca foi estabelecido nenhum protocolo com estes edis” e “as verbas atribuídas em 2018 à Associação Terras Quentes” eram cedidas da seguinte forma: ”a Associação Terras Quentes pagava aos seus funcionários, e no mês seguinte era pago sempre contra a apresentação dos recibos de salários e impostos, as verbas referentes ao mês anterior”.

Carlos Mendes acusa também Benjamim Rodrigues de não ter lido os dois contratos de comodato, que confirmam a cedência de instalações para os museus, um por 10 e outro por 15 anos, visto que destes documentos “só resultam as obrigações inerentes à preservação dos edifícios e ao objecto do seu uso e nada mais” acrescenta.

O presidente da Associação Terras Quentes adianta ainda que durante os 16 anos anteriores ”sempre houve ajudas financeiras Camarárias para a publicação dos Cadernos Terras Quentes de escavações arqueológicas, para a realização das Jornadas da Primavera etc. e, sempre se cumpriram escrupulosamente o que estava protocolado”. No entanto, reforça ainda que se para o referido ano “não havia nada protocolado, não poderia haver nenhuma obrigação a cumprir pela Instituição, a não ser cumprir os horários de funcionamento dos museus o que foi feito até às 17 horas do último dia, 30 de Dezembro 2018”, afirma.

Quanta à verba que a câmara despendeu em 2018 com os ordenados dos funcionários dos museus, de cerca de 51 mil euros, e que o presidente da autarquia dizia ser superior ao atribuído em 2017, Carlos Mendes justifica que “o Museu Martim Gonçalves de Macedo só abriu em Julho, ou seja, o financiamento foi só para 6 meses” acrescentando ainda que “a responsabilidade da Associação Terras Quentes ter contratualizado os funcionários para os museus foi da Câmara Municipal pois queria ter os museus abertos mas, como também é público o governo proibiu a Câmara Municipal de contratar qualquer funcionário e pediu à Associação Terras Quentes que tomasse essa responsabilidade, sendo que a Câmara Municipal acarretaria com essas despesas com o pessoal. Há um contrato escrito entre o Presidente da Câmara e a Associação neste sentido” lê-se ainda no comunicado.

Já sobre o número de visitantes, que durante o ano passado passaram pelos museus, e que segundo Benjamim Rodrigues rondavam o meio visitante por dia, o presidente da Associação Terras Quentes desmente refere que só no Martim Gonçalves passaram 824 pessoas, e pelo de Arqueologia 403, o que dá uma média de 7 visitantes por dia, acrescenta.

Carlos Mendes disse ainda que está marcada uma assembleia-geral com o objetivo de os associados se puderem pronunciar sobre a situação criada pelo não financiamento por parte da câmara municipal, confirmando que no ofício enviado a Benjamim Rodrigues no passado dia 2 de janeiro, a Associação Terras Quentes mostrou-se aberta a dialogar, o que, até à data, não aconteceu, referiu ainda o presidente desta associação.

Escrito por ONDA LIVRE

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