Na opinião de Hernâni Dias, o facto de este projecto ter sido chumbado é uma perda para o território, ao nível de desenvolvimento. "É uma perda porque são equipamentos extremamente relevantes naquilo que tem a ver com o cumprimento das metas e dos objectivos do desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, mais concretamente naquilo que tem a ver com a produção de energia limpa. Neste território faria falta porque também são motores de produção de rendimento e seria de todo interessante, quer para as próprias freguesias onde se poderia instalar, quer para o município, ajudando a combater aquilo que é um problema à escala global que são as alterações climáticas. Temos de cada vez mais adoptar medidas amigas do ambiente e a produção de energia limpa é algo importante nos dias de hoje".
Estranho é para o autarca que do lado espanhol haja um parque eólico, também um factor de descontentamento. "O grande descontentamento que, permanentemente, tem vindo a ser manifestado, quer pelas populações, quer pelas juntas de freguesia, pelas comissões de baldios, quer também pelo próprio município de Bragança, que não se conforma com esta situação, porque é um espaço com potencial eólico, provavelmente, segundo estudos já feitos, dos melhores corredores de vento da Europa, e não acontece nada porque não é possível aí instalar geradores".
Há mais de 10 anos que várias empresas têm manifestado interesse em construir um parque eólico em Montesinho, mas não conseguiram autorização.
Escrito por Brigantia
Foto: noctula.pt
Jornalista: Maria João Canadas
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