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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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terça-feira, 9 de abril de 2019

Projecto Memórias da Aldeia guarda testemunhos das tradições portuguesas

Trabalho de recolha começou nas aldeias de Talhas, em Macedo de Cavaleiros, Paradela, em Miranda do Douro e Rio de Onor, em Bragança, “com a recolha de cerca de 40 testemunhos e mais de 200 documentos e objectos”.
Hugo Santos/Público

Uma iniciativa intitulada Memórias da Aldeia está a recolher testemunhos e documentos das tradições de aldeias portuguesas para guardar as histórias e o património destes territórios, divulgaram esta segunda-feira, 8 de Abril, os responsáveis.

A recolha das memórias surge no âmbito do projecto Há Festa na Aldeia e arrancou em três aldeias do distrito do Bragança, estando previsto percorrer outras durante os próximos meses. Este trabalho resulta de um parceria com o programa Memória para Todos, um projecto de formação e investigação colaborativa e de ciência cidadã desenvolvido por uma equipa de investigadores do Centro República e Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova (NOVA FCSH) e pela Associação Keep.

De acordo com os responsáveis, trata-se de “um programa de registo em áudio e vídeo de testemunhos orais e de digitalização de documentos e objectos que permitem contextualizar e integrar de forma transversal os diferentes protagonistas na narrativa histórica”.

“São as histórias que muitas vezes a História não conta. São as memórias e as recordações das pessoas, enquadradas no tempo e no espaço”, como indicou à Lusa a Associação Aldeias de Portugal, responsável por estas iniciativas.

Este trabalho de recolha começou nas aldeias de Talhas, em Macedo de Cavaleiros, Paradela, em Miranda do Douro e Rio de Onor, em Bragança, “com a recolha de cerca de 40 testemunhos e mais de 200 documentos e objectos”.

“O Há Festa na Aldeia tem uma premissa clara sobre a qual incide todo o seu trabalho e que tem a ver com a importância de ir ao encontro das expectativas da comunidade. Ouvindo as suas memórias, aprendemos mais sobre o território e sobre nós próprios. As memórias da vida na aldeia, partindo do individual para construir o colectivo, indica-nos o caminho que devemos seguir para uma dinamização sólida e honesta do interior do país”, considerou Teresa Pouzada, presidente da Aldeias de Portugal.

O projecto Memórias da Aldeia tem por missão “identificar, patrimonializar e divulgar as histórias e memórias relacionadas com a vida nas aldeias recorrendo à história oral e ao registo de colecções pessoais, contextualizada”, como sustentou Maria Fernanda Rolo da NOVA FCSH e coordenadora científica do programa Memória para Todos.

“Queremos conhecer a história do país pela voz de quem viveu estes territórios, os construiu e percorreu”, vincou. “É um projecto de afectos”, que pretende evidenciar “a importância da história de vida para o conhecimento e compreensão da história local e para a construção de identidade e o fortalecimento de dinâmicas comunitárias”.

A responsável científica refere ainda que “este é um projecto de investigação científica, feito de forma colaborativa, integrando as diferentes formas de conhecimento, valorizando-os”.

Rio de Onor, a aldeia comunitária do concelho de Bragança, é uma das abrangidas pela iniciativa e o presidente da junta de freguesia, José Preto, acredita que “é importante envolver a comunidade para que percebam estas acções como parte de um plano de combate à desertificação e potenciador de um novo tipo de turismo, associado que é genuíno e autêntico”.

O nome Há Festa na Aldeia é inspirado no filme de Jacques Tati e coordenado pela ATA — Associação de Turismo da Aldeia, que envolve oito localidades do Norte do Portugal e tem como missão principal “combater o isolamento”, trabalhando com os parceiros locais na recuperação de tradições e organização de eventos para levar vida às aldeias.

P3
Jornal Público
C/Agência Lusa

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