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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Os vinhos de uma boa garrafeira

Beber vinho está na moda e, na hora de escolher um bar ou restaurante, já é um fator decisivo. Do melhor vinho do ano às colheitas mais recentes, o sommelier Manuel Moreira partilha os segredos de uma boa garrafeira.

Longe vão os tempos em que pedir vinho à mesa era acompanhado de incerteza. Seja tinto ou branco, a copo ou garrafa, beber vinho é uma tendência que veio para ficar e, atualmente, é um pré-requisito obrigatório no momento de escolher um restaurante ou bar – especialmente de hotéis reconhecidos pelo seu posicionamento mais premium e diferenciador. Os portugueses procuram uma garrafeira variada, altamente funcional e recheadas de ofertas aptas para deleitar gregos e troianos. Uma garrafeira de fazer inveja é uma fonte de prestígio dentro e fora de casa.

Construir uma garrafeira com uma oferta diferenciada e gestão eficaz gera procura e rendimento para os próprios hotéis mas não deixa de ser um desafio. Uma gestão de garrafas que, ao mesmo tempo, seja atrativa e lucrativa exige um conhecimento objetivo de uma série de cálculos e parâmetros de gestão, orientado por uma sensibilidade aguçada para as exigências do consumidor e um sexto sentido para as tendências do mundo vínico. É, ao mesmo tempo, uma ciência e uma arte que Manuel Moreira, sommelier, consultor e wine expert, conhece muito bem.

“Aquando da estruturação e gestão da garrafeira é necessário responder ao conceito do espaço e atender às necessidades dos segmentos alvo”, começa por explicar Manuel Moreira. Ou seja, preços e perfis de vinhos que cubram vários segmentos. Pretende-se que o vinho tenha real valor na experiência do cliente ou não? A par dessa pergunta, é essencial “monitorizar novos lançamentos e a evolução das tendências para comprar vinhos no timing certo”, enumera o especialista conceituado no setor dos vinhos. Na lista, consta o vinho tinto Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca 2016 e o Reserva da Família Alvarinho 2016, ambos da Aveleda, que recentemente foram aclamados o “Melhor Vinho do Ano” e “Melhor Varietal Branco” respetivamente pela ViniPortugal. Sendo a Quinta da Aveleda um sinónimo de cultura, tradição e qualidade, esta deve ter um lugar reservado em qualquer restaurante ou bar de hotel que pretende alcançar um título de referência a nível nacional ou internacional.

No contexto de restauração, uma garrafeira de qualidade deve aprender as regras e cálculos para gerir stocks de forma eficiente (leia-se custos de armazenamento ou gestão de entradas e saídas) e criar pontos de encomenda mais amplos (gerir os efeitos de raridade vs. flutuações de preços vs. pressão da procura). E porque não lançar uma estratégia de marketing com promoção de vinhos e harmonizações em menus de degustação ou através de ações promocionais como “happy hours” ou “vinho do dia”? Ao longo da sua vasta experiência a gerir garrafeiras, Manuel Moreira aconselha ainda a “criação de boa argumentação de vendas” e, claro, controlo e rentabilização do vinho a copo que roubou o lugar da cerveja nos populares bares e esplanadas.

Na hora de selecionar os melhores vinhos, opte por “gerir e controlar bem os índices de rotação dos vinhos e ter um equilíbrio entre vinhos que carecem de promoção da rotação como vinhos rosé, brancos e tintos ligeiros de menor estrutura e vinhos que não têm necessidade de forçar rotação alta”. Palavra de Manuel Moreira. É também importante harmonizar a oferta gastronómica do espaço e equilibrar a oferta com vinhos mais exclusivos que tragam prestígio ao espaço. Isto é, vinhos que acompanhem bem os pratos do menu e sejam adequados a épocas mais quentes ou frias. Segundo o sommelier, ter uma boa oferta de vinhos versáteis adequados a vários momentos de consumo é quase tão necessário como escolher vinhos que necessitam de uma menor preocupação e cuidados de conservação (vinhos brancos e tintos com mais estrutura, fermentados ou estagiados em madeira).


Para oferecer novos horizontes de harmonizações e mostrar que está atento ao mercado, torna-se cada vez mais imperativo estar a par das necessidades do ofício. Como? Equilibrando colheitas mais recentes (vinhos mais simples e de menor estrutura) com nomes de notoriedade que conferem confiança ao consumidor final. De preferência, verdes modernos, frutados e com volume, sem abdicarem do perfil da sua região. Marcas como a Aveleda, por exemplo, produzem vinhos de alta qualidade e partilham visões, tendências e ideias com quem o cultiva, cria, compra, vende, prova e orgulhosamente bebe. Um nome fundamental em qualquer garrafeira.


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