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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Ervedosa e a Feira dos Produtos da Terra

Pelo segundo ano consecutivo, a convite do meu insigne amigo Franklim do Nascimento, tive o grato privilégio de estar presente, no último domingo do mês de Junho, naquele que considero ser, pela sua singularidade, um dos eventos populares mais bem concebidos de norte a sul do país, a Feira dos Produtos da Terra, em Ervedosa, concelho de Vinhais.
Embora, neste tipo de situações, possa parecer injusta a pessoalização (porquanto este género de “obras” só são possíveis pelo esforço abnegado e desprendido de muitos, nos bastidores), a verdade é que a alma deste “projecto” é o Franklim, o presidente da junta de freguesia; uma figura que, pela sua capacidade de trabalho, pela competência e pelo dinamismo que põe em tudo que faz por Ervedosa e pelo concelho, nos leva a pensar se não será injusta a lei que impõe a limitação de mandatos para o exercício de funções de presidente da câmara ou de junta. Sim, porque em todas as aldeias, vilas e cidades deste país havia de existir um Franklim.
A particularidade deste evento, que o torna delicioso, reside na perfeita harmonia entre o motivo propriamente dito, a venda e divulgação dos produtos da terra, e a animação musical, que se manifesta através de um registo iminentemente popular. E esta faceta incomum de inserir no programa musical apenas ranchos folclóricos, oriundos do nosso distrito e da zona do Minho, prova que para atrair o povo não é preciso contratar nem os “tonys” nem as “micaelas”, com as respectivas bailarinas.
Nesta feira tudo é pensado ao pormenor. Dois exemplos que não pude deixar de registar: sendo um evento que se realiza ao ar livre, e porque o calor abrasador, próprio desta altura do ano, poderia impedir a visita dos forasteiros e a participação dos expositores, a junta de freguesia, com a preciosa ajuda do município vinhaense, teve a fantástica ideia de colocar uma enorme cobertura de lona em todo o recinto da feira.
Não menos notável foi a pontualidade britânica com que o programa foi cumprido, desde os discursos protocolares das entidades oficiais, ao majestoso almoço (vitela e javali) servido, a preceito, a mais de 600 comensais, sentados. Aqui, o “profissionalismo” foi a nota dominante. Todos foram servidos sem qualquer falha ou constrangimento, o que seria normal nestas circunstâncias.
Fiquei verdadeiramente impressionado e rendido aos encantos da lindíssima terra das ervideiras. Vale a pena visitá-la, neste e noutros contextos, porque os motivos de atracção são mais do que muitos.



António Pires
in:mdb.pt

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