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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Palácios, Bragança, acolheu festival que não quer deixar morrer a música tradicional e o ciclo do pão

Pela vigésima primeira vez, a aldeia de Palácios, no concelho de Bragança, recebeu o Festival de Música e Tradição da Lombada.
Nos primeiros anos o evento celebrava apenas a cultura dos gaiteiros e tocadores da região. Segundo Raul Tomé, presidente da Associação Cultural e Ambiental de Palácios, que organiza o evento, as tradições associadas ao ciclo do pão também foram integradas no festival para relembrar como se faziam estes trabalhos noutros tempos. “Quisemos preservar a música tradicional aqui da região da Lombada e resolvemos fazer um convívio entre os tocadores que havia nas aldeias próximas. Posteriormente, no mesmo encontro, e alargando o número de dias, inserimos o ciclo do pão para mostrar aos mais novos como é que os nossos antepassados passavam sacrifícios para sobreviver. Aquilo que era habitual nas aldeias era o comunitarismo por isso nunca se começava a acarreja sem toda a gente ter feito a segada”.

Esmeralda Aliste, com 74 anos, habitante de Palácios, recorda como era feita a segada quando era jovem. “Não havia máquinas, não havia nada para segar. Uma pessoa tinha que segar como aqui vemos. Juntavam-se alguns, conforme era a família. Antigamente até pagavam a jeira para ir a segar”.

A iniciativa contou com um workshop de cuscos transmontano. A socióloga Patrícia Cordeiro, que tem estado a trabalhar na recolha de informação e testemunhos sobre este produto, diz que há cada vez mais pessoas interessadas em saber como se faz cuscos. “No ano passado fizemos o workshop aqui pela primeira vez porque o tema está integrado neste festival. As pessoas foram-nos abordando e relembrando que havia aqui gente que na infância se lembrava de ver avós e tias a fazer. Este ano já toda a gente estava à espera que houvesse workshop”.

O presidente da câmara de Bragança também pôs mãos ao trabalho durante a manhã de segada. Hernâni Dias acredita que há cada vez mais curiosos a participar. “É algo que marca positivamente aquilo que são as nossas tradições e muita gente que não conhece vem aqui. Há pessoas que fizeram mais de 700 quilómetros para estar aqui o que mostra que tem interesse sob o ponto de vista cultural e etnográfico, não só para o território como para o país”.

A música tradicional ibérica também esteve representada em vários momentos, sobretudo com o vigésimo primeiro Encontro de Gaiteiros e Tocadores do Nordeste.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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