Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

A maior açorda de cogumelos do mundo é feita em Vale Pradinhos

Cerca de 80 quilos de cogumelos, temperos à boa moda transmontana e algum secretismo, são os ingredientes que vão para o pote e dão origem àquela que é já considerada a maior açorda de cogumelos do mundo.
Há seis anos que é confecionada na aldeia de Vale Pradinhos, no concelho de Macedo de Cavaleiros, e ninguém melhor do que quem mete a mão na massa, ou melhor, nos cogumelos, para explicar como se faz. É o caso de Paulo Veiga e José Santos:

“Tem de ter, essencialmente, boa matéria-prima, ou seja, bom pão, bom azeite, bons cogumelos e o ingrediente mistério que não podemos revelar.” 

“Se não levar cogumelos não é uma açorda. O pão e os boletos são o que faz uma produção final tão fantástica como esta.”

A confeção desta açorda tem estado inserida no programa do encontro micológico que acontece anualmente naquela aldeia macedense, organizado pela Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Vale Pradinhos, que num futuro próximo quer mesmo tentar entrar para o livro do Guinness.
Segundo Armando Edra, presidente da associação, este foi o encontro que juntou mais participantes, e tal como o encontro, o objetivo é que o tamanho da açorda também vá crescendo de ano para ano:

“É o ano em que temos mais pessoas e a ideia é essa, crescer todos os anos um pouquinho. Tivemos por cá cerca de 100 pessoas, talvez um pouco mais, que vieram de vários pontos do país, e até do estrangeiro.”

Uma açorda que vai para além do aspeto gastronómico, explica Carlos Ventura, biólogo e membro da associação, que deixa ainda saber que no próximo ano vão tentar confecionar não a maior do mundo, mas sim do universo:

“Para o ano tentaremos chamar ainda mais pessoas, de forma a que a açorda contribua para que haja uma aglomeração entre a população jovem e a população mais velha, que se sente cada vez mais sozinha. Açorda como esta não há em mais lado nenhum, e para o ano não faremos a maior do mundo, mas sim do universo.”

Motivados pela açorda, pela vontade de aprender mais sobre cogumelos ou até pelo próprio convívio, muitos foram os que rumaram a Vale Pradinhos:

“Fiquei apaixonada. É o segundo ano que aqui estou para tentar entender mais e conhecer. Este ano foi ainda mais fascinante que no ano passado. Adoro a açorda.”

“O cogumelo é igual aqui e em Celorico de Basto, mas o ambiente proporciona o convívio e a aprendizagem de uns com os outros. A açorda é a melhor que se pode comer neste país.”

“É o primeiro ano que cá estamos e o passeio foi muito interessante. Vimos espécies que aqui não são tão valorizadas como na zona da Beira Baixa. Esta partilha de conhecimentos é muito interessante.”

“Tenho nove anos e costumo vir apanhar cogumelos. Já começo a saber distingui-los, aprendo muitas coisas novas.”  

Esta foi a sexta edição deste Encontro Micológico que juntou mais de uma centena de pessoas em Vale Pradinhos, Macedo de Cavaleiros.

Escrito por ONDA LIVRE

Sem comentários:

Enviar um comentário