Vítor Baptista, empresário do sector em Macedo do Mato, Bragança, preside a esta associação e explica que faltava representatividade para esta variedade que precisa de protecção especial. “A oliveira santulhana há uns anos foi mais ou menos desprezada devido ao seu rendimento. A preocupação é a promoção e valorização desta variedade santulhana, que é autóctone da região da Terra Fria e temos de valorizá-la”, esclarece.
A associação, recentemente criada, vai ainda trabalhar junto dos produtores, promovendo o estudo e a melhoria das práticas nos olivais tradicionais. “Vamos fazer o acompanhamento do processo produtivo, acrescentando algum valor aos produtores. Juntamente com o IPB, vamos fazer um estudo para a melhoria e práticas dos produtores nos olivais e algumas acções de formação”, sublinhou.
Segundo Vítor Baptista, esta é uma variedade que apesar de um pouco esquecida tem muita qualidade. “Dá um azeite muito mais frutado, com aromas totalmente diferentes dos outros, um azeite intenso, quando a azeitona é colhida ainda verde dá um amargo intenso e um picante que é uma das grandes características dos azeites de Trás-os-Montes”, referiu ainda.
Outras iniciativas que a associação vai perseguir serão tentar alcançar um compromisso de um pagamento justo aos produtores e procurar uma solução para o problema do bagaço de azeitona, cujo custo de transporte passou a ser assegurados por produtores e lagareiros.
Actualmente são cerca de uma dezena os membros da Associação de Produtores de Azeite de Santulhana, responsáveis pelo processamento anual de entre 8 a 10 mil toneladas de azeitona, mas a entidade pretende angariar mais associados tanto lagareiros como produtores.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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