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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Exposição de Graça Morais revela inquietações em tempos de pandemia

 As inquietações passadas durante a pandemia e transmitidas através do olhar estão expressas na exposição de Graça Morais, patente no Centro de Arte Contemporânea, em Bragança


A artista afogou-se na sua arte durante este tempo atípico e confessou que foi a sua salvação, depois de ter ultrapassado uma complicação de saúde.

“Na maior parte daquelas pinturas há sempre um olhar que nos interroga, sobretudo são grandes interrogações. Uma interrogação ligada à inquietação. Foram obras feitas com sentimento de urgência, eu tinha de as fazer”, contou.

Para além da pandemia e dos rostos escondidos pelas máscaras, Graça Morais teve ainda como inspiração a Capela Sistina, em Itália.

“O único ato voluntário que eu fiz foi olhar com muita atenção para a recuperação da capela sistina de Miguel Ângelo e recuperei algumas figuras que trouxe para as minhas pinturas. Sobretudo aquelas pinturas mais dramáticas que estão naqueles desenhos grandes dos migrantes, na capela sistina há cenas muito duras, muito difíceis muito dramáticas e eu comecei a olhar e a ler e percebi como a humanidade continua a mesma”, referiu.

A exposição conduz ainda os visitantes a uma sala que se distingue de todas as outras e que relembra a infância da artista. Os jornais, a sua fonte de informação, mas também de inspiração, forram as paredes do espaço. Segundo o curador da mostra e director do Centro de Arte Contemporânea, Jorge da Costa, esta sala é um projecto inacabado.

“Nós quisemos também desafiá-la a apresentar, a partir de uma sala coberta na totalidade de jornais, a fazer intervenções sobre esses mesmos jornais. Essa sala é hoje uma espécie de gabinete de artista e ao mesmo tempo uma espécie de projeto ‘work in progress’, ou seja, cada vez que ela vier ao centro de arte contemporânea nos próximos tempos vai continuar essa mesma intervenção, portanto é uma obra em aberto”, explicou.

A exposição “Inquietações” de Graça Morais vai estar patente no Centro de Arte Contemporânea até 23 de Janeiro. Na inauguração foi ainda formalizada a doação de mais 69 obras da artista ao espaço que lhe dá nome.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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