Há várias pessoas em Bragança que, neste momento, estarão sem médico de família.
A denúncia é de Carlos Catalão, de 67 anos, que se queixa de ter ficado sem um profissional de saúde para o seguir e de, para já, não lhe ter sido apresentada qualquer solução que, de facto, sirva para remediar a falha.
A denúncia é de Carlos Catalão, de 67 anos, que se queixa de ter ficado sem um profissional de saúde para o seguir e de, para já, não lhe ter sido apresentada qualquer solução que, de facto, sirva para remediar a falha.
Este utente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste diz ainda que na situação em que se encontra há muita mais gente. À semelhança de outras pessoas, Carlos Catalão era paciente de José Moreno. O médico, que também era presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bragança, afastou-se da profissão e, por isso, os pacientes que seguia foram atribuídos a um outro médico.
O problema que agora se coloca é que este médico foi transferido para Macedo de Cavaleiros e, por isso, segundo Carlos Catalão, os pacientes estão em maus lençóis. “Em Macedo de Cavaleiros há falta de médicos, em Bragança também... uma pessoa não sabe para que lado se há-de virar, onde se deve dirigir para as consultas e para as receitas. Andamos assim ao abandono, ao Deus dará”, explicou o utente de Bragança. Carlos Catalão, que precisa de medicação de mês a mês, por causa da tensão e do colestrol, admite vários constrangimentos pelos quais não estava a contar passar. “Preciso de medicação e não a tenho. Se a quiser tenho que esperar uma semana ou duas, porque as receitas têm que me ser passadas por outro médico”, explicou, afirmando que, ao contrário do que antes acontecia, agora tem que se deslocar ao centro de saúde para lá deixar os respectivos “papéis”, que lhe dão acesso aos medicamentos, e depois, passada pelo menos uma semana, tem que ali voltar para então levar o que lhe faz falta.
Para este utente, que também sofre de apneia do sono, ainda que para este problema seja seguido por outro profissional, as consultas também são agora um problema. “Se quiser uma consulta com o meu médico tenho que ir a Macedo”, lamentou, dizendo que, quanto à atribuição de um outro profissional para o seguir, disseram-lhe, no centro de saúde, que “é preciso esperar”. “É uma espera que pode levar um ou dois anos, não sei”, rematou. Ao ver-se sem um médico de família, o brigantino diz- -se pouco confortável com a situação e afirma que lamenta que lhe seja atribuído um novo profissional, caso tudo tenha solução a breve trecho. “Tínhamos o Dr. José Moreno, que se ausentou em Junho de 2021.
Desde essa altura que estávamos com o Dr. João Sousa. Agora, num tão curto espaço de tempo, vamos mudar novamente? Não quero que isso aconteça. Nem eu nem outras pessoas com quem tenho falado. Já estávamos à vontade com o Dr. João e satisfeitos com o trabalho dele”, assumiu o paciente.
Questionada sobre a situação, a ULS do Nordeste respondeu dizendo que o médico em causa, João Sousa, foi oponente a um concurso público para médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar, no âmbito do qual foi colocado em Macedo de Cavaleiros, de acordo com a vaga escolhida pelo mesmo. A Unidade Local de Saúde do Nordeste acrescenta ainda que “os utentes do Centro de Saúde da Sé, que estavam atribuídos ao Dr. João Sousa, dispõem de assistência médica para receituário e situações de doença aguda, através dos restantes clínicos desta unidade, conforme o procedimento relativo a estes casos”, até que seja possível a atribuição de um novo médico de família na mesma unidade de saúde em que esses utentes estão inscritos.
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