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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Carlos Silva da UGT reivindica reabertura de serviços no Interior para ajudar a fixar população

 O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, defendeu em Bragança a reabertura de serviços públicos que nos últimos anos fecharam nos concelhos do Interior, para ajudar a fixar população nestes territórios.


Carlos Silva, cujo mandato enquanto líder da UGT termina em abril, esteve no distrito de Bragança na quinta e sexta-feira da semana passada e visitou diversos municípios, bem como a Secretaria de Estado da Valorização do Interior. “As pessoas para se fixarem tem que ter salários, transportes, escolas, finanças, agências bancárias e outros serviços que ao longo dos anos muitos desses organismos encerraram e transferiram-se. É importante reinvestir no Interior do país e reabrir serviços, como agências bancárias”, afirmou Carlos Silva.

O sindicalista deu conta que é preciso manter serviços no Interior “ e abrir agências bancárias em vez de as encerrar”, tanto mais que esses territórios precisam de gente. “O que interessa é fixar pessoas. Para isso é preciso dar-lhes condições não apenas salariais, mas acima de tudo criar emprego”, explicou ao Mensageiro à margem da visita à Secretaria de Estado da Valorização do Interior.

O sindicalista destacou o impacto dos dois anos de pandemia “que foi tremendo” para o país. “Houve uma redução do número de desempregados e um crescimento líquido do emprego em todo o país. Há regiões onde o desemprego não se sente, é quase um pleno emprego. Isto também se deve a apoio do Estado às empresas e muitos desses apoios tiveram a ver com a manutenção dos postos de trabalho, a sua defesa e o pagamento de salários”, indicou Carlos Silva.

O responsável da UGT diz que se as empresas aumentarem os salários e as condições de trabalho deixa de haver falta de mão de obra em setores como a construção civil. “Querem trabalhadores qualificados? Paguem-lhes”, sustentou.

“Entendi reforçar as visitas aos territórios de baixa densidade, Bragança, Castelo Branco, Vila Real, Viana do Castelo, a zona mais Norte do distrito de Leiria e visitar instituições, câmara municipais e aqui, aproveitar a existência da Secretaria de Estado da Valorização do Interior. Importante perceber quais as expetativas que as organizações do Estado têm em relação ao futuro”, explicou.

Ao fim de nove anos à frente daquela organização sindical Carlos Silva quer “dar visibilidade a quem investe no Interior, descentraliza e quem desconcentra, o que é fundamental na administração pública”.

Sai com a consciência que as “condições dos trabalhadores estão melhor agora do que nos tempos da austeridade”, sublinhou, o que coincidiu com o início do mandato prestes a terminar. “Houve um acordo de concertação social em fevereiro de 2012 que implicou um conjunto de penalizações e sacrifícios para os trabalhadores, prolongados até 2015. A austeridade está para trás das costas. Depois veio a geringonça e depois veio um conjunto de matérias da área laboral e salarial que viram, um pouco, a luz do dia melhor orientadas, mas ainda estamos muito longe das necessidades dos trabalhadores, ao nível salarial e da valorização das próprias carreiras profissionais. Essa é uma função do governo que vai tomar posse, porque uma maioria absoluta implica também outra responsabilidade”, explicou Carlos Silva.

GL

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