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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

PARA QUÊ?

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

Sobram-me os dedos escassos, que não enlaçam, que não beijam e não abraçam.
Para quê seguir em frente nestas páginas de sonho? Já foram escritas e rasgadas, relidas e amassadas espezinhadas e ignoradas!
Para quê seguir em frente sem filhos e sem carinhos? Para quê rasgar caminhos, sem árvores e sem ninhos, sem casas e sem chão? Para quê parir sonhos sem alma nem coração?
Para quê transpor barreiras, saltar montes e fronteiras, sem ninguém para nos esperar?
É um monte de sem quês? Sem justificações nem porquês, são “nãos” amordaçados, lábios e ouvidos fechados, mãos vazias de querer. São rosas tão desfolhadas, murchas e esbranquiçadas que já nada querem dizer
Nesta incerteza de mim, neste redondo caminhar, talvez um dia me canse, talvez um dia eu pare, porque já não vale a pena, continuar a caminhar.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

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