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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

𝐎 𝐁𝐎𝐍𝐄𝐂𝐎 𝐄𝐍𝐓𝐑𝐔𝐃𝐎

 “𝑁𝑖𝑛𝑔𝑢𝑒́𝑚 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑎 𝑜 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑢𝑑𝑜 𝑎̀ 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑎. 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑛𝑜𝑠 𝑎𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑏𝑖́𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑏𝑜𝑛𝑒𝑐𝑜 𝑎̀ 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎, 𝑎𝑔𝑎𝑟𝑟𝑎́𝑣𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑛𝑒𝑙𝑒 𝑒 𝑖́𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜̂-𝑙𝑜 𝑎̀ 𝑠𝑜𝑐𝑎𝑝𝑎 𝑛𝑎 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑣𝑖𝑧𝑖𝑛ℎ𝑜. 𝐹𝑎𝑧𝑖𝑎𝑚 𝑜 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑢𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑓𝑒𝑖𝑡𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑒́𝑠 𝑒 𝑏𝑟𝑎𝑐̧𝑜𝑠. 𝐸𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑜𝑠 𝑟𝑎𝑝𝑎𝑧𝑒𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑎𝑣𝑎𝑚 𝑜 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑢𝑑𝑜 𝑎̀𝑠 𝑟𝑎𝑝𝑎𝑟𝑖𝑔𝑎𝑠” Mestre Infância


Em tempos indos a alegria e as brincadeiras reinavam no Carnaval. Na aldeia de Portela era costume os rapazes e raparigas construírem um boneco gigante a que davam o nome de Entrudo. Escolhiam, quase sempre a dedo, uma habitação da aldeia e à socapa colocavam o boneco Entrudo à porta, normalmente em casa de uma pessoa com a qual estivessem zangados. Os donos da casa quando davam conta que tinham o Entrudo à sua porta pegavam nele e levavam-no para a porta de outra casa da vizinhança. E, assim, sucessivamente o boneco Entrudo “viajava” de casa em casa percorrendo a aldeia.

Apesar de as pessoas não gostarem de ter o Entrudo à sua porta, como era Carnaval ninguém levava esta brincadeira a mal.

Infelizmente, esta foi mais uma tradição que se perdeu e nos dias que correm, no Carnaval, o boneco Entrudo já não é visto a “passear” pelas casas de Portela.

Projeto apoiado pelo Prémios ao Valor Social da Fundación Cepsa.

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