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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Agricultores com mais custos para produzir mas sem margem para aumentar o preço do que vendem

 O custo dos combustíveis e de vários produtos e serviços têm disparado nos últimos meses e esta subida de alguns preços está a complicar a vida aos agricultores da região. Os produtores locais gastam cada vez mais dinheiro, mas vender a preços mais caros também está praticamente fora de questão


O cenário não está muito fácil para os agricultores. Prova disso são os que tentam escoar os produtos na feira de Bragança, que dizem que começa a doer ver o muito que sai do bolso na hora de investir e ver o pouco que entra na hora do negócio. "Subiu tudo. Está tudo muito mais caro. Mas estamos a vender ao mesmo preço. Eu não sei se isto ainda compensa. Cada vez há menos gente a comprar", disse Alfredo Araújo, de Contins, Mirandela. "Os preços já são os mesmos há 10 anos. Se nem assim as pessoas compram, porque não há gente para comprar, como é que eu posso aumentar preços?", questionou Humberto Meireles, da mesma aldeia, Contins, que disse que já quase não ganha nada mas que "é preciso continuar". "Não aumentámos muito porquê se não as pessoas não vêm à feira. Temos tentado manter os preços, enquanto pudermos. Tenho fé que isto vai melhorar. Não foi só o combustível, foi tudo que subiu, os adubos, os pesticidas. Os preços dispararam mais de 50%", referiu Maria de Lurdes, uma agricultora e feirante que vende em Bragança e é de Mirandela.

Os agricultores estão de pés e mãos atados. Produzir está cada vez mais caro mas vender a preços mais altos iria afastar os clientes e, progressivamente, muitos teriam que deixar a actividade.

Se a vida está difícil para quem vende, para quem compra não está melhor. Os preços dos bens alimentares têm disparado nas grandes superfícies. A feira, ainda que não conte com tantos clientes como antes, começa a ganhar adeptos, porque os preços são mais baixos. "Eu venho à feira porque o artigo é mais barato e compensa. Aqui, em geral, é tudo mais barato que nos supermercados, onde tudo aumentou, também por causa do transporte", assinalou Francisco Barata. "No supermercado os preços podem ser um pouquinho mais caros mas eu venho aqui mais pela qualidade. Levo maçã de Carrazeda de Ansiães, desta vez levo cinco quilos mas ainda na outra feira levei 10, levo grelos... aqui junta-se mais pessoal que em qualquer lado", esclareceu Tiago Rodrigues. "Algumas coisas aqui são mais baratas. Eu não compro hortaliça porque tenho horta, não sei bem como está o preço. Mas acho que quem precise de comprar, aqui fica um pouco mais barato", afiançou Olinda Celas.

Além de as pessoas estarem a procurar preços mais baixos, na feira, também se tem notado que há mais gente a comprar para cultivar e assegurar alguns dos próprios bens alimentares.

Há até mesmo várias pessoas que já tinham hortas e estão este ano a fazê-las maiores, receando mais aumentos.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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