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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

"Selvagem" chega hoje ao teatro de Bragança e homenageia rituais de inverno

 Selvagem é o nome da peça de teatro que está hoje e amanhã em cena em Bragança

O espectáculo de Marco Martins parte dos rituais de inverno, nomeadamente dos transmontanos, para propor uma reflexão sobre o uso das máscaras nestas práticas ancestrais.

Os mascarados transmontanos foram apenas uma das inspirações de Marco Martins. O encenador baseou-se nestes rituais que têm pontos em comum com outros em diferentes partes da Europa. "Fiquei muito surpreendido com a importância que essas máscaras tinham em toda a Europa e a equivalência que tinham os rituais. Os rituais ligados ao ciclo de inverno têm características muito comuns em toda a Europa, o que muda é a máscara em si. Os rituais também têm algumas diferenças entre eles mas têm muitos pontos em comum. Comecei a viajar pela Europa com a minha equipa e fomos à Macedónia do Norte, à Sardenha, à Roménia e evidentemente a Trás-os-Montes, descobrindo quem eram os homens por de trás daquelas máscaras e daquele rituais".

Depois do estudo no terreno destes rituais, surgiu uma peça que é uma reflexão sobre o uso da máscara e sobre as celebrações. Mas além de actores, em palco há também mascarados. "É uma reflexão sobre o homem e a máscara. As máscaras, quer as daqui, de Trás-os-Montes, sendo que neste caso, no espectáculo, temos as de Baçal e de Podence, quer as da Sardenha, de três aldeias distintas, vão estar em placo. É uma reflexão das pessoas que usam essas máscaras. Falarem de quando as usam, em que circunstâncias".

O trabalho começou há quatro anos e o objectivo inicial era incluir mais rituais, no entanto, a pandemia obrigou a reduzir o número de mascarados.

Além do papel que tem nos rituais das Festas de Inverno, a peça aborda ainda as máscaras mais contemporâneas, usadas pelas pessoas no mundo digital. "O que aparece muito no espectáculo, não de forma evidente, é a máscara digital, ligada a tudo que são estas construções contemporâneas sobre o nosso rostos e a nossa personalidade. No meu entender é a presença mais constante da máscara hoje em dia".

Depois de a equipa já ter passado alguns meses no território a trabalhar n a peça, Marco Martins admite que é especial apresentar agora o espectáculo final em Bragança. "É um espectáculo fortemente marcado por esta região e que só foi possível com o apoio desta região. É um pouco a devolução o trabalho final à população".

Depois de Lisboa e do Porto, Selvagem chega agora a Bragança.

O espectáculo sobe ao palco do Teatro Municipal de Bragança, hoje às 15h, com sessão para as escolas, e amanhã às 21 horas para o público em geral.

Escrito por Brigantia
Fotografias: Tiago Lopes
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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